quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Gatinhos


Actualidade

Enfermeiros recorrem ao crowdfunding para juntar 300 mil euros e financiar greve prolongada


Não tenho palavras. Devia mesmo parar de ler notícias. Já tinha decidido isso mas hoje decidi ir dar só uma vista de olhos e aparece-me essa notícia. Tenho mesmo de parar, resistir à tentação, arranjar outras coisas interessantes para ler, para me enervar menos.

Dificuldades de comunicação


Não sei se também partilham a mesma realidade, mas e entender aqueles indianos do suporte IT? Já é a segunda empresa em que trabalho que o suporte é feito por indianos, normalmente empresas de outsourcing tipo a Accenture. Quando abro algum ticket e me ligam é um filme. Tenho de pedir para repetirem duas ou três vezes sempre. Nunca entendo nada do que dizem. Eu já tenho dificuldade em perceber as pessoas ao telefone, no geral. Odeio telefones. E sendo essas pessoas indianas a falar inglês com sotaque muito fechado é quase impossível. Porque não mandam email, hã? Era tão mais fácil.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Cozinhas atulhadas

Ora vamos lá fazer uma lista de todos os electrodomésticos e/ou outros utensílios de cozinha inúteis que temos em casa. Sabem, aqueles que quando compraram achavam que era mesmo isso que precisavam e que iam usar imenso mas que depois ficou para lá num armário qualquer até hoje.
Os meus são os seguintes:
-máquina de fazer pipocas
-centrifugadora (esta ainda usei algumas vezes, vá)
-raclette
-escorredor de saladas
-cortador de cebolas
-esmagador de alhos
-cortador de ovos cozidos
-temporizador para ovos cozidos
-dispensador de água
-espremedor de citrinos

Manias

Mete-me impressão carregar nas teclas do multibanco. É quase tão nojento como corrimões e puxadores de portas. Germes e mais germes, de milhares de dedos de pessoas diferentes. No inverno se estiver de luvas está o problemas resolvido, no resto do ano depois de clicar nas teclas limpo as mãos às calças, que é sempre o que está mais à mão. Ou então carrego com os nós dos dedos, em vez de ser com a ponta. Pelo menos, depois não meto o dedo no olho ou na boca por engano, cheio de micróbios de outras pessoas.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

My precious


Portanto, o outono chegou. Frio, vento e chuva. É tempo de voltar aos meus adorados kispos. Estive a fazer um inventário, como todos os anos:




-dois pretos
-um azul escuro
-um azul muito escuro
-um azul vivo
-um vermelho vivo
-um vermelho
-um bordeaux
-um às flores


Claro que são de diferentes grossuras e modelos/comprimentos. Acho que ainda há espaço para mais um ou outro, não?

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Serviço público

Certamente toda a gente já reparou que nos USA quase todas as casas que vemos nos filmes são feitas de madeira. Especialmente quem vê o programa dos gémeos que remodelam casas na SIC Mulher. Ora a situação é que eu nunca percebi bem porquê, sempre me intrigou esse facto e hoje finalmente fui pesquisar acerca disso. Ficam aqui em baixo os vários motivos, para quem também tiver curiosidade e não souber, como eu:


-a madeira é muito mais barata do que os tijolos/betão, para além de não serem precisos os restantes materiais que seriam precisos numa casa de tijolos – areia, cimento, ferros, etc.
-a madeira é muito mais fácil de transportar, ou seja, custos de transportes menores
-é muito mais rápido fazerem uma casa de madeira do que uma de tijolos/betão, e pode ser feita apenas por uma ou duas pessoas, enquanto que uma de tijolo envolveria uma logística muito maior
-o isolamento da madeira é melhor do que o dos tijolos/betão, em termos de conforto térmico
-mesmo que se fizesse uma casa de tijolos/betão, seria preciso madeira na mesma, e sendo assim usam apenas madeira
-os USA tem muitas florestas e muita madeira disponível
-em zonas sísmicas, o tijolo seria muito mais perigoso porque a casa iria desmoronar-se e os tijolos a caírem poderiam provocar danos elevados ou mesmo mortes. A madeira como é mais elástica e abana não é tão fácil de ruir num sismo e, mesmo que caia, não magoa ninguém por ser mais leve e é mais fácil para arranjar os danos provocados
-a construção também depende da zona. Em zonas sísmicas é mais usada a madeira (por exemplo, California, que é quase sempre onde os filmes/séries acontecem e por isso vemos muitas casas de madeira); na zona Sul, como tem mais propensão a térmitas, usam mais construção com tijolos; em zonas de furacões, como a Florida, também os tijolos são mais usados, com outro tipo de precauções adicionais, como janelas anti-impacto, etc.. Em Nova Iorque, por exemplo, já há pouquíssimas casas de madeira devido ao risco de incêndio – houve um grande incêndio no séc. XIX que destruiu centenas de casas e a construção em madeira foi proibida desde então.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Meme da semana


Terapia

Tenho andado super stressada e ansiosa. Muitas coisas para tratar, muitas preocupações, pouco tempo. Precisava de tirar uma licença sabática do trabalho e ficar um mês sem trabalhar para resolver todos os assuntos pendentes. Ando sempre numa roda viva, à hora de almoço e quando saio do trabalho. Até os animais, que julgava-se que seriam apenas um factor de alegria, me causam preocupações. É preciso dar comida, limpar a areia, comprar desparasitantes, marcar consulta no vet, etc., etc.. O meu momento de descontracção diário é quando pego na raquete eléctrica para matar as moscas que andam lá em casa, pouco antes de ir para a cama -  não me julguem, sim, é matar um ser vivo, mas quer dizer, um ser vivo que anda em cima da merda (literalmente, quando a minha cadela faz cocó no pátio, aparecem logo vindas não sei de onde) e que aborrece imenso, especialmente quando estou a tentar adormecer e anda lá no quarto uma daquelas que faz barulho. Para além disso, as moscas são insectos transmissores de doenças, por isso não me vou sentir mal. Aquilo faz-me bem, andar ali atrás das moscas, a purificar o ambiente para poder dormir bem, livre de distracções.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Maus chefes, péssimos líderes

A propósito do post que publiquei recentemente, este artigo diz mais ou menos a mesma coisa (apesar de eu não ser fã da autora):


Maus chefes, péssimos líderes

Anedota da semana (quiçá do mês)

Personalidades portuguesas assinam carta pública contra Bolsonaro


Só me apetece rir quando leio esta notícia. E não é novidade, já me cruzei com ela no início da semana mas continua tão engraçada como na primeira vez. Barrigadas de riso.

A era da internet


Uma coisa que descobri recentemente foi que, se me enervam as pessoas que estão sempre coladas ao telemóvel, enervam-me ainda mais as pessoas que não vêem as notificações que recebem. Mandamos uma mensagem, vêem-na no dia seguinte e respondem passado dois dias. Quer dizer, por mais que não seja urgente, haverá necessidade de atrasar assim tanto a comunicação? Não há paciência. Quase que mais vale mandar uma carta. Desconfio que são as mesmas pessoas que têm emails com 478 emails não lidos e que dizem que não usam o email pessoal para nada. Como não?! Odeio pessoas info-excluídas.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Nicho de mercado_2

Descobri outra grande oportunidade de negócio. À semelhança dos hotéis, também podia dar para procurar voos com critérios diferentes dos habituais - data e destino. Desta vez, eu sugeria os critérios data/hora de voo e depois também duração do voo e preço como critérios secundários. E assim podíamos saber para que sítio daria para ir naqueles único fim de semana que temos disponível, com o dinheiro que temos disponível.
O Trivago já disponibiliza um filtro que é o valor, apesar de o valor mínimo serem 50 euros e termos na mesma de pôr algo no local, mas podemos sempre pôr 'Portugal', assim como destino generalista. Não estou a dizer que viram o meu post, mas há uma grande probabilidade de isso ter acontecido.




Edit: bem, acho que afinal existe uma coisa do género no momondo e no edreams, onde temos uma opção tipo 'surpreendam-me', se não quisermos escolher destino ao certo. E a opção da hora do voo dá para escolher depois da pesquisa. Julgo que só não dá para escolher um limite monetário. Mas mesmo assim era preciso melhorar estas pesquisas e pôr tudo logo nos filtros do início!

Gatinhos


segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Tricky

Estava agora a procurar música do Tricky no youtube e apareceu-me um best of. Tem 24 minutos apenas, por isso deduzo que ele não tenha tido grandes êxitos na sua carreira.
Não sei se cheguei a fazer um post sobre o concerto dele no Hard Club, no início do ano. Uma anedota. Ele saía de palco e ficava tipo cinco minutos ou mais sem aparecer - várias vezes. As pessoas achavam que o concerto tinha acabado. Mas não, ele depois voltava e cantava sempre a mesma música. Cantou umas três vezes a mesma música. Super escuro, a sala cheia de fumo, nem dava para ver a cara dele. Aquilo foi uma cena tipo ele devia meter coca ou outra cena nos bastidores e depois ia para o palco ressacar e dar um espetáculo random, cantar cenas à sorte e fazer o que lhe apetecia. Como concerto, please, chorei o dinheiro. Como espectáculo de humor e improviso, dei nota 5.

Claro que podia ser pior


Hoje acordei e vi que estava a chover bastante. Levantei-me logo para sair mais cedo de casa porque logo à tarde também preciso sair um pouco mais cedo. Saí de casa cerca de 15 minutos mais cedo do que o habitual. Em vez de ir por um atalho que costumo ir quando saio mais tarde, fui pelo caminho normal. Grande erro, já estava tudo parado. Demorei 40 minutos a chegar ao trabalho, sempre em trânsito, e cheguei à hora do costume. Enquanto vinha no caminho, ia chovendo de forma intermitente, mas pouquito. Estaciono o carro e claro que começa a chover a potes. Mesmo com guarda-chuva cheguei ao trabalho encharcada. Tenho as sapatilhas e calças molhadas ainda. Depois fui tomar o pequeno-almoço e mais uma molha, ainda que menor. E depois olho para a minha agenda e tudo o que tenho de fazer esta semana e fico ainda mais no fundo do poço. Já só quero morrer.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Não sirvas a quem serviu


Ora bem, chefes, um tema sensível para fechar a semana. Quem não tem um? Para facilidade, vou-me referir sempre a chefe no masculino, por ser um substantivo masculino (apesar de dizermos ‘a minha chefe’), mas que podem ser tanto um homem como uma mulher.
Portanto, quase toda a gente tem um chefe, mesmo os próprios chefes. Só não têm chefe os donos das empresas, em princípio. Um team leader, que é chefe, tem um manager acima, que por sua vez terá um director, etc. Ora a grande questão dos chefes é: será que há algum chefe bom? Não falo numa empresa. Vamos falar de Portugal (o mundo é demasiado grande e não conheço as realidades de outros países). Haverá algum chefe que se aproveite em Portugal? Eu gostava de responder que sim, mas posso dizer que, infelizmente, nunca conheci nenhum até hoje. Mas acredito que haja por aí em algum lado algum, bem escondido.
Ora, na minha experiência, o problema dos chefes (para além de mandarem em nós e nós não gostarmos disso, mas vamos tentar ignorar esta parte) é que lhes falta sempre qualquer coisa. Claro, todos somos humanos e temos falhas, mas eles são pagos para ‘gerir’ e julgava-se que deveriam ter competências para isso. O chato é que quase nunca têm as suficientes. Há aqueles que são muito bons tecnicamente, que sabem fazer tudo, mas que depois a lidar com pessoas são um desastre. Há os outros, os porreiraços, mas que não percebem nada do que andam a fazer. Há os autoritários/déspotas, mais típicos em empresas familiares (mas não só). Há os que não têm autoridade suficiente e que toda a gente abusa deles. Há chefes de todos tipos, mas nunca encontrei nenhum que eu visse como exemplo.
Já tive de tudo. O menos mal julgo que foi numa empresa familiar. Eu gostava dele, no fundo, comigo sempre foi impecável, mas era duro com os outros. Era um bocado do género déspota, mas as coisas rolavam e, fora um ou outro caso em que ele tratava mal as pessoas, julgo que as pessoas até gostavam dele. Foi o chefe que tive que era mais parecido com um líder. Sabia sempre o que fazer, arranjava soluções para tudo, e tinha tudo bem definido na mente dele, para onde ia e qual o caminho.
Também já tive o que sabe fazer tudo, tecnicamente bom, mas que em termos de competências sociais, comunicação e autonomia é um zero. Tive uma team leader que era boa a trabalhar mas que com pessoas era uma besta. Julgo que agora está num cargo que é perfeito para ela: sozinha, sem ninguém a reportar a ela, e a fazer o que faz bem, trabalhar. Apanhei duas vezes o porreiro, que quer ser amigo de toda a gente e não ferir susceptibilidades. Um não percebia nada do que se passava e sempre que intervinha era uma desgraça, o outro não conseguia tomar decisões, deixava as coisas fluírem sozinhas à sorte.
Noto que, no geral, a falha maior é lidar com pessoas. Os chefes não sabem lidar com pessoas, não sabem perceber as suas necessidades, não saber comunicar com as pessoas, não têm a sensibilidade necessária para liderar um grupo de pessoas. O que eu acho que aconteceu, em quase todos os casos que vi, são pessoas que eram boas no que faziam, que faziam bem o trabalho operacional, e que quando foi preciso promover alguém foram os escolhidos. Mas depois chegam a um cargo de liderança e espalham-se por completo. Não têm autonomia, não têm certezas, nota-se que estão a andar em telhados de vidro. Nem toda a gente devia ser promovida para um cargo de liderança. Há formações de liderança e management, etc., que podem ajudar a dar algumas dicas para melhorar a prestação, mas muitos julgo que nem com isso vão lá. Conheço vários exemplos de pessoas que foram promovidas a team leader e que são uma desgraça. Algumas sabem-no, outras não. Eu, por exemplo, consigo perceber que não tenho perfil para um cargo de liderança. Não ia ter jeito para a coisa, provavelmente as pessoas não iriam de gostar mim, eu não me iria sentir feliz num cargo desses, eu nem sequer gosto de falar com pessoas e isso iria notar-se. Há cargos igualmente bons que não implicam gerir pessoas. As pessoas deveriam pensar bem antes de aceitar uma responsabilidade destas. Antes ou depois, que também devem conseguir perceber se estão a fazer um bom trabalho ou não.
Ainda há pouco tempo respondi a um questionário da Hays sobre o mundo do trabalho e uma das perguntas era quais as características ideais para um chefe. E eu reflecti e percebi que nunca tive nenhum com as características que eu acho importantes.
Assim de repente, lembro-me de uma amiga que gosta do seu chefe. De resto, não tenho mais nenhum exemplo. Não digo que não exista, mas eu não conheço. O meu pai também gostava do chefe dele, mas isso eram outros tempos, por isso não vou contar. Não é por acaso que a maior causa (julgo que pelo menos cerca de 50%) de pedidos de demissão nas empresas são as chefias e a relação com elas.
Gostava de um dia ter um chefe que eu admirasse e de que eu gostasse mesmo. E que me motivasse, me recompensasse, me ajudasse, me percebesse. Será que vou ficar sempre entalada com chefes que não sabem falar com as pessoas, que não conseguem tomar decisões ou que não promovem o nosso crescimento?

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O assunto do momento - parte 2

Só para terminar este assunto, queria só acrescentar, mais em tom de piada, que há muita gente que tem vindo para praça pública em defesa de Ronaldo e a afirmarem com toda a certeza que ele não faria uma coisa dessas. Pessoas que nem o conhecem sequer, como um tal de Marco Costa. Isto faz-me lembrar quando os familiares e amigos dos assassinos metem a mão no fogo por eles e asseguram que eles não fizeram nada, o típico 'ele . Por exemplo a mãe do genro da professora queimada, que sabia que o filho não tinha feito nada e metia a mão no fogo por ele. Mas depois as coisas descobrem-se e as pessoas que meteram mãos no fogo queimam-se. Até pode não ser o caso, mas é engraçado, pronto.
Bem, pelo menos eu fico sossegada que se alguma vez cometer algum crime não terei ninguém a meter a mãos no fogo por mim e depois a ficar mal perante toda a gente. Mais rapidamente dizem que sempre viram isso a acontecer um dia. Sabem aquelas pessoas que um dia chegam ao escritório de arma e matam toda a gente? Ameaço fazer isso pelo menos todos meses.

De novo as redes sociais, ora então

Continuando com o assunto facebook, é muito engraçado ver as ameaças das figuras públicas a dizer que vão sair da rede, que vão fazer uma pausa, mas depois é sempre a aparecerem posts. Mais recentemente temos o caso do Markl (que descobri por acaso, porque não o sigo). Aparentemente, ele ficou aborrecido com os comentários machistas ao caso da violação do Ronaldo e decidiu sair do facebook. Queria avisá-lo que não é só no facebook. Basta ir a qualquer caixa de comentários de jornais online que se vêem por lá centenas de bestas a escreverem lixo. Aliás, bastará falar com alguém que conheçam que a probabilidade de terem uma opinião igual a essas que andam aí pela internet fora é grande. Mas se ele decidiu sair, que saia. Mas que saia mesmo, não é o clássico 'ai vou sair' e depois passado dois dias está lá a fazer posts. Fui ver e o post foi publicado na terça e não há mais nenhum até hoje, mas só passaram dois dias. Vou ver se me lembro de ir espreitando, para ver se é mesmo a sério. Descobri um outro Miguel Araújo, que nem sei quem é, que fez o mesmo aparentemente. Mas este avisou que ia sair mas continuou sempre a ter posts na sua página. Foi mesmo só uma birrinha muito breve. Adoro estes pseudo-dramas cibernéticos.

Actualidade

Paulo Dentinho de saída. Administração escolhe novo diretor de informação dentro da RTP


Paulo Dentinho pôs o cargo à disposição após a polémica com um texto polémico que publicou no Facebook sobre Ronaldo. Administração aceitou e escolhe novo diretor de informação.


As redes sociais a estragarem a vida às pessoas. As pessoas vão para lá escrever coisas a quente, depois arrependem-se mas é tarde demais, já se fala disso em todo o lado. Era tão mais fácil antes, quando só exprimíamos a nossa raiva aos conhecidos, sem levantar grandes ondas e sem que o país inteiro soubesse e nos apontasse o dedo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Gostos não se discutem

As coisas de que eu gosto.


Candeeiros retro com lâmpadas a ver-se os filamentos de luz.



A felicidade dos outros


Fico tola com aquelas notícias do genéro ‘deixou o emprego, restaurou carrinha e agora viaja pelo mundo com o seu cão’ ou ‘viajam pelo mundo todo e partilham as fotos no seu instagram’ ou ‘largou tudo para viajar sozinho/a’. Estas notícias só provocam tristeza em quem as lê. De facto, parece espectacular não ter de trabalhar e poder passar o tempo a viajar. E até acredito que seja possível, em alguns casos, mas não acredito que seja sempre um mar de rosas. E quem lê naturalmente vai-se sentir uma merda porque tem de continuar a ir trabalhar todos os dias. Provavelmente até está a ler essa notícia no trabalho e o seu ódio está a aumentar. Claro que ninguém quer trabalhar, claro que preferíamos estar a viajar sempre. Mas não dá, pelo menos não dá para todos, nem dará para a maioria sequer. Por isso podiam parar de espalhar a depressão. Eu já nem leio as notícias mas só de passar os olhos nesses títulos já me mete nojo.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

O assunto do momento


Ora bem, o caso Ronaldo. Eu também não queria escrever sobre isto, mas tenho visto tanta cagada escrita e dita por esse mundo fora que preciso de desabafar. Queria também esclarecer já que, à partida, tenho sempre a tendência de ser a favor das vítimas (sejam elas mulheres ou não). Neste caso, como em muitos, ninguém sabe o que se passou, a não ser as duas pessoas envolvidas. E se calhar nunca vamos saber, até porque nem sempre o que é ‘provado’ é a verdade ou porque podem chegar a um acordo extra-judicial ou por mil e uma outras razões. No entanto, a mim não me turva a vista ele ser um jogador de futebol famoso e rico e assim presumir que ele não faria uma coisa destas. Como vimos até hoje em vários outros casos, isso não absolve ninguém. Aliás, se quisermos ir por aí, isso ainda o condenaria mais facilmente. Por exemplo, no #metoo são sempre pessoas poderosas que usam o seu poder para subjugarem as vítimas. Adiante. Também não me turva a vista as imagens e vídeos que andam por aí e que eles se enrolaram lá no bar. Os broncos é que dizem que ela ‘estava a pedi-las’. Isso é palavreado típico de machistas ignorantes (homens ou mulheres, porque infelizmente já vi mulheres a comentarem isto e muito pior). É por causa de merdas como esta que não vamos nunca sair da cepa torta. É precisamente por comentários destes que eu me revolto. É por isto que eu vou sempre ser feminista. De novo, adiante. O que interessa verdadeiramente para o caso são os factos: há muitas coisas que supostamente existem mesmo, como documentos assinados, queixas na polícia e provas médicas. E espero que com estes factos consigam chegar à verdade, quer esteja do lado dela ou dele. E que se ele for culpado, que seja condenado. E que se ela estiver a mentir, que seja também responsabilizada.


(Para dizer a verdade toda, depois de ler o artigo completo do Der Spiegel fiquei a acreditar na moça, a versão (sem qualquer conotação negativa) dela parece bastante verosímil. O artigo explica toda a situação detalhadamente, como tudo se passou, os documentos e provas existentes, porque só agora passados 9 anos se está a ouvir isto (não foi ela, foi a investigação do Der Spiegel que descobriu a história toda) e muitos outros pormenores importantes. Mas claro, não sei se o próprio artigo também é verdadeiro e se foi mesmo assim que tudo se passou.)


Independemente de tudo, do que se passou e se vai passar neste caso, gostava mesmo que estivéssemos num mundo onde as pessoas percebessem que NÃO, mesmo que dito no último segundo, é NÃO. E que as pessoas não julgassem as mulheres - que são sempre as mulheres, não me lixem - por não contarem o que aconteceu por vergonha ou medo, por usarem roupas decotadas ou curtas, ou por outros motivos secundários. Que se tratassem as pessoas que fazem queixa de uma violação com respeito. E que as mulheres, especialmente, fossem menos cabras com as suas pares (não me parece que esta construção exista mas vou usar assim para dar mais ênfase). Quem sabe um dia não lhes toca a elas também e de certeza que gostariam de um pouco de solidariedade e de não ouvir comentários machistas e cruéis das outras mulheres.

O raio das luzes

Sim, aconteceu de novo um dos meus maiores pesadelos: acenderam-se luzes de aviso no meu carro. Ora, pela experiência passada, luzes de aviso no carro querem dizer:
-eventualmente poder ficar parar na estrada a qualquer momento, se não tratar disto rapidamente.
-ficar sem carro um ou mais dias, mas agora que há a uber pelo menos não passo pela chatice de aborrecer as pessoas para me irem levar à oficina, ao trabalho, etc.
-200 euros mínimo e nunca se sabe quanto poderá ser o máximo. Metade do valor do carro, um terço, um quarto? Algo por aí, mais do que isso, é para jogar no lixo.
-odiar carros nas próximas semanas e passar horas em sites de carros a ver qual a melhor alternativa para trocar o meu carro.
-lamentar-me a toda a gente que me queira ouvir que só gasto dinheiro em carros.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Gatinhos



O que é que se passa este ano que é só moscas por todo o lado? Tenho moscas dentro e fora de casa, às dezenas. Perguntei à minha mãe e ela diz que em casa dela é igual. Os meus animais, gato e cadela, andam tolos a tentar apanhá-las. Eu nem consigo estar em casa porque estou sempre a ser incomodada por moscas. Então ontem à tarde passei-me e fui ao chinês comprar aquelas raquetes eléctricas para as matar. Andei lá feita tolinha atrás delas com a raquete mas apanhei imensas e consegui finalmente dormir descansada.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Weird designer stuff


E mais umas peças feias overpriced de designers famosos para animar o vosso dia.








(esta mala de acrílico custa aproximadamente $2.390, pelo que consegui apurar)

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Publicidade negativa

Muitas vezes estou quase o dia todo a ouvir música enquanto trabalho, no youtube. Antes o youtube achava que eu estava na Alemanha, por causa do meu IP, e por isso ouvia sempre anúncios em alemão, o que não me incomodava tanto porque não percebia nada do que diziam. Mas agora ficou esperto e já sabe que estou em Portugal e tenho de ouvir anúncios portugueses. E sempre que mudo de álbum, digamos de hora em hora, tenho de ouvir o anúncio inicial do vídeo novo. E é sempre o raio do anúncio da/do joom. Nem sei que porcaria é essa, mas também não vou ver, só para os castigar por nos fazerem sofrer com aquele anúncio chato. No início, até achei que era um anúncio do Jumbo, só muito mais tarde é que percebi que era joom que eles diziam. Só para dizer que odeio essa/esse joom, seja lá o que isso for.

Meme da semana


terça-feira, 2 de outubro de 2018

Dúvidas

Dúvida da semana: será que o meu telemóvel percebeu que ia sair um iphone novo e por isso está agora super lento, como que a fazer birra para eu o trocar? E eu não faço actualizações de software há meses, senão às tantas demorava 2 minutos para ver um email. Coitado, não percebe que eu sou pobre e que só posso comprar iphones no mínimo com dois modelos de atraso. Agora que saiu o "inserir designação difícil e sem lógica usada pela apple para o novo iphone", o máximo que eu poderia comprar era um iphone 7 usado. E não era o 7s, atenção, era apenas o 7 básico.

As horas

Tem havido muitas discussões sobre a mudança ou não da hora. Como devem saber, houve uma votação, na qual eu participei, e a opinião geral foi para a hora não mudar. Eu também votei para a hora não mudar, mas votei para se manter a hora de inverno, que é a mais próxima da hora solar, e ganhou a hora de verão.
A internet agora está cheia de pessoas revoltadas com a possível não mudança da hora. Claro, tem coisas boas e más, mas, na minha opinião, seria mais vantajoso não mudar a hora. Mas claro, é a minha opinião e foi isso que me pediram no inquérito a que respondi.
Isto tudo para dizer que, no meio desta discussão toda de mudar ou não mudar a hora, hora de inverno ou de verão, um dos argumentos que mais se usam pela internet fora são as crianças que saem da escola e já é de noite.
Primeiro, eu quando era criança também saía da escola já de noite. E a partir dos 10 anos, no ciclo e secundária, fazia mais de 2 km a pé para chegar a casa, de noite, e sobrevivi.
Segundo, e mais importante, estamos a falar de crianças até que idade? É que eu tenho uma escola primária ao lado de casa e nunca, mas nunca, vi uma criança a sair de lá sozinha, a pé. A rua fica entupida de carros dos pais que vão buscar os meninos. Se vêm embora de carro, não entendo qual é o problema de ser de noite já. Ainda esta semana passei pela secundária e era o mesmo cenário. Aí já vi dois grupos de adolescentes a virem embora a pé, mas os outros tinham lá os pais para os irem buscar também. É por não poderem brincar na rua? Mas as crianças já não brincam na rua, por isso este argumento não faz sentido.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

E mais gatinhos. Wait, what??

Quarta-feira passada ia a sair de casa, de manhãzinha, a tirar o carro da garagem e vejo pelo retrovisor um gato na rua. 'Ok, Maat, não é nada de especial, às vezes os gatos atravessam a rua aqui, de umas casas para as outras. Hmmm, o gato não está a sair da rua, aliás, está a ir mais para a rua até.'
Estaciono o carro, saio do carro para ver bem a situação e a situação era um gato que andava completamente desorientado na estrada, com os carros a não pararem e a fazerem-lhe rasas. Não podia deixá-lo lá, ia morrer. Fui-me aproximando, entretanto pedi ao carro que estava a vir na estrada para parar e a senhora simpática parou e esperou que eu o apanhasse. O gatito encostou-se à beira de uma porta, e ficou lá. Pus-lhe a mão, bufou um bocadinho, peguei-o ao colo e ficou no meu colo completamente desfalecido, parecia morto, nunca mais se mexeu.
Pu-lo numa divisão que tenho em obras, deixei comida e água e fui trabalhar.


Pelo estado dele, estava preparada para que estivesse morto quando chegasse a casa. Não estava. Magro que doía, só se sente ossos. Fiquei com dúvidas se via bem ou não. Assustado mas meigo. A primeira foto é ele escondido num canto, não me deixou aproximar.
Passou a noite lá e no dia seguinte levei-o ao vet. Ficou logo a soro, antibiótico e não sei quantos medicamentos mais, estava mesmo moribundo, com uma infecção generalizada, provavelmente da fraqueza, pesava 1,9 kg, e se não o tivesse apanhado teria morrido certamente. E confirma-se que é mesmo cego dos dois olhos, não vê nada. Ficou lá dois dias a recuperar. Fui buscá-lo ainda magro, claro, mas já tinha engordado 450 gr, e já com outra disposição, já se conseguia mexer.




Já come ração, já anda, ainda que a medo, e até ronrona um bocadinho. Vou ficar com ele até recuperar, ainda está a tomar medicação e tem de comer bem para chegar a um peso decente e ficar com alguma massa muscular por cima dos ossos. O problema vai ser depois. Não vou poder pô-lo na rua porque é cego e não se consegue safar. Mas também ninguém quer adoptar gatos pretos, quanto mais gatos pretos cegos! Gostava de ficar com ele mas os meus gatos são uns tinhosos e de certeza que o vão odiar e vão-lhe fazer a vida negra. Só problemas. Mas para já quero que ele recupere e depois penso no que fazer. Ah, e chama-se Bruno. Ou Bruninho, por ser magrinho.

Gatinhos