sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Meme da semana


Fui durante muito tempo true neutral, mas depois todos os meus marcadores de livros foram ficando em livros que acabava de ler e punha na estante. E como tenho centenas de livros, nunca me dei ao trabalho de ir procurar em que livros estão. Assim, acabei por me tornar chaotic good. Quando começo a ler um livro de forma inesperada, sou chaotic evil, mas só quando não tenho nenhum papel à mão. Dobro sem vincar e arranjo um qualquer papel para marcar na leitura seguinte, logo me tornando chaotic good de novo.
Óbvio que no kindle sou lawful neutral, mas não há outra forma de ser no kindle, acho eu.

 

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Os comboios

Andei de comboio recentemente e já não andava há dois anos. Como as poucas vezes que ando é para ir a Lisboa e vou sempre no alfa, normalmente (nem sempre, porque uma vez estavam 33 graus lá fora e a carruagem onde ia tinha o ar condicionado avariado) é uma boa experiência. Desta vez, quando me sentei, achei o lugar enorme, com espaço para esticar bem as pernas, e senti a estranheza de não ter cinto de segurança. Isto porque ando de carro normalmente e a última vez que andei num meio de transporte deste calibre foi de avião, na Ryanair claro, à pobre, que tem lugares apertadíssimos. Por isso, agora soube-me bem o espaço extra e os bancos confortáveis. Claro que eu gosto de andar de comboio porque não o uso todos os dias para ir trabalhar, e não tenho de levar com comboios à pinha, com odores matinais, comboios a parar de 3 em 3 minutos, etc. Se assim fosse, tenho a certeza que iria detestar comboios e iria fazer tudo para me manter longe deles, porque me iriam lembrar o trabalho. Como os caminhos que me levam para o trabalho, que eu odeio, não porque os caminhos sejam maus, mas porque me lembram o trabalho. O que mais me irrita é ter de andar por algum caminho desses nos fins-de-semana ou no meu tempo livre. Todos os dias de manhã vou por um atalho que me leva à VCI, que até é mais perto e onde apanho bastante menos trânsito. Quando vou em lazer, prefiro sempre ir dar a volta maior, só para não passar lá. Dá-me aquela sensação triste de ir trabalhar e não gosto de passar por isso desnecessariamente. Não que eu seja mal tratada no trabalho ou odeie o que faço. Mas é sempre trabalho e tenho de acordar de madrugada e entrar cedo e apanhar trânsito e falar com pessoas de manhã e fazer algumas coisas que me agradam menos e é óbvio que se eu fosse rica não trabalhava.

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Mais uma de Mad Men

Nobody knows what's wrong with themselves, and everyone else can see it right away.

Stephanie, Mad Men

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Preços dos combustíveis

Apercebo-me aos poucos de que isto é um tema que está na moda. Toda a gente reclama dos preços do gasóleo e da gasolina. Eu não perco tempo com isso. Nem com isso, nem a ir a bombas com preços mais baratos uns cêntimos mas que tipicamente têm filas grandes e tempos de espera elevados. A situação é: eu vou andar menos ou mais de carro por causa disso? Não, já só ando quando é necessário. Eu vou abastecer menos por causa disso? Nem pensar, já me custa horrores ir à bomba quando o depósito entra na reserva, por isso nunca abasteço menos do que o depósito inteiro, para minimizar as idas lá. Vou querer estar à espera meia hora numa fila para poupar 50 cêntimos ou 1 euro? Não, só vou gastar mais gasóleo e desgastar o carro no pára-arranca. Fico chateada e revoltada com isso? Sim, claro, como toda a gente. Eu reclamar e chatear-me com isso vai fazer baixar o preço? Não. Então este é um não-assunto para mim. Tenho problemas mais importantes com que me preocupar, de momento.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Tempo livre

Há muito que não dou aqui conta do que ando a ver. Sendo que tenho visto tanto séries como filmes, aqui fica a lista do que me lembro dos últimos tempos:

Séries

White Lotus - série da HBO sobre um grupo de hóspedes de um hotel, numa ilha paradisíaca. Ouvi falar bem desta série e decidi ver porque é pequena, seis episódios de 1h cada. Gostei, mas achei que ia ser diferente. A música de fundo dá impressão de ser uma daquelas séries em que de repente vão todos morrer de uma forma bizzara. A música é muito sombria e cria alguma ansiedade, mas depois afinal não é bem assim, apesar de eu ter sentido alguma estranheza em toda a série. Gostei mas não me parece que queira ver a segunda season, já que a série foi renovada.

Nine Perfect Strangers - série da Prime video, que tem um conceito muito semelhante ao de White Lotus. Um grupo de pessoas vai para uma espécie de retiro, isolados do mundo, só com a 'guru' e os funcionários do retiro. Também senti alguma estranheza, as personagens são estranhas e todos escondem segredos e, de novo, estava sempre à espera que algo acontecesse e, de novo, também não foi bem assim. Entretém mas não é genial. Tambem é curta, oito episódios com menos de 1h cada, por isso vê-se rápido.

Mad Men - esta é a série grande em que decidi apostar depois de terminar Billions. Tem sete seasons e já vou na sexta. Para quem não conhece, é uma série que se passa nos anos 60, no mundo das agências de publicidade. Já tinha visto alguns episódios há muito tempo, quando a série dava na RTP2, mas agora decidi ver tudo do início ao fim. Estou a adorar! Gosto do Don Draper, claro, do tema da série, das personagens e respectivos actores. Fico sempre um pouco apreensiva em relação a séries que já acabaram e que têm muitas seasons e episódios, esta tem 92, mas mais uma vez estou a gostar muito (com Billions tinha corrido bem também) e já com medo de chegar ao fim. 


Filmes

Cast Away - história de um homem que, depois do avião onde seguia se ter despenhado no mar, vai ter a uma ilha deserta e lá sobrevive durante alguns anos. Este filme já tem 20 anos e é super conhecido, por isso quase toda a gente já deve ter visto menos eu, que embirrei com Tom Hanks durante muito tempo. Desde que vi Forrest Gump, no ano passado, que decidi que ia parar com isso e tenho visto mais filmes dele. E tenho gostado. Gostei deste.

No Time to Die - filme mais recente do agente secreto mais famoso de sempre, 007. Este filme até tem um post dedicado, aqui, mas só recomendo a quem não se importa com spoilers. História do costume, aparece um mau e o Bond vai atrás dele para salvar o mundo. James Bond nunca me desilude. Adorei, claro.

Rifkin's Festival - filme mais recente de Woody Allen, que conta a história de um casal que vai ao Festival de Cinema de San Sebastian. Este filme também tem um post dedicado, aqui, mas, resumindo, achei fraco.

Free Guy - a história de um tipo que é afinal uma personagem dentro de um jogo (inteligência artificial) e que tenta salvar o seu mundo, enquanto se apaixona. Filme que entretém, mas não é muito mais do que isso. Só fui ver porque é com o Ryan Reynolds e a Jodie Comer e queria ir ao cinema e não havia mais nada em cartaz que me interessasse.

We Stand Alone Together: The Men of the Easy Company - isto não é bem um filme. nem é bem um documentário. É um merge dos dois, onde se fala com os veteranos da Segunda Guerra Mundial que deram origem às personagens da série Band of Brothers e eles contam as suas histórias. Para quem adorou Band of Brothers, é para se ver. Está disponível na HBO também.

Revi também todos os filmes de Almodóvar que estão disponíveis na HBO e mais alguns que tenho em DVD:

Entre tinieblas

¿Qué he hecho YO para merecer esto!!

La ley del deseo

Mujeres al borde de un ataque de nervios

Tacones lejanos

La flor de mi secreto

Carne trémula

Todo sobre mi madre

Volver

Los abrazos rotos

Eu vi praticamente todos os filmes de Almodóvar, julgo que me falta um ou dois apenas, há muito tempo, e depois fui acompanhando à medida que iam saindo novos. Estes de que falo agora tinha visto há uns 10 ou 15 anos, e quando vi que estavam na HBO achei que era uma boa oportunidade para rever, apesar de os ter praticamente todos em DVD e poder fazê-lo em qualquer altura. Adoro todos, adoro Almodóvar e a atmosfera dos filmes dele, especialmente os mais antigos, que se passam em Madrid nos anos 80 ou 90. O meu preferido de todos é o Volver, que já vi muitas vezes e não me canso. Penélope Cruz está brilhante, como aliás está em todos os filmes de Almodóvar, a fazer de sopeira. Como não adorar? Só posso recomendar muito.


terça-feira, 19 de outubro de 2021

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Rifkin's festival

Fui ver o último filme do Woody Allen, Rifkin's Festival. Segunda vez no espaço de uma semana que fui ao cinema, depois de quase dois anos sem ir. Voltei a ganhar o gosto pelas idas ao cinema, por comer pipocas e também descobri que os cinemas NOS aderiram ao Ivaucher, por isso recebo metade do valor de volta. Mas voltando ao filme, que delírio de velho jarreta. Para mim, a qualidade dos filmes dele têm vindo a descrescer ao longo dos anos, Não é uma descida linear, porque houve alguns bastantes maus, seguidos de outros um pouco melhores, mas no geral verifico uma tendência descendente. Isto tudo é na minha opinião, claro, que vale o que vale, que é nada. Ainda assim, tenho continuado a ver os filmes dele sempre, numa espécie de vício que não consigo largar. Na verdade, é mais para me manter actualizada e também os filmes não são insuportáveis, vamos lá ver, são só fracos. Este Rifkin's Festival foi filmado na Europa, e não sei se foi por isso que ficou com o refugo dos actores, com excepção de uma muita curta e engraçada aparição de Christoph Waltz, que foi o ponto alto do filme para mim. De resto, continua a ser tudo muito autobiográfico, como já é costume dele, velhos judeus que se apaixonam por mulheres bem mais novas, e acham que elas lhe vão dar letra (deprimente). Muitas referências aos clássicos do cinema e ao cinema europeu, crítica ao estado actual do cinema, etc. No fundo, é Woody Allen no registo habitual, mas em mais fraco. Que ainda assim não é um mau filme, comparando com os filmes todos do mundo, mas tinha expectativas um pouco mais elevadas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Introverts

 Finalmente se diz alguma coisa de positivo dos introvertidos.


"A equipa de Yale testou cerca de mil voluntários, começou por questioná-los sobre algumas verdades psicológicas pré-assumidas como “ se as pessoas trabalham melhor individualmente ou em grupo”, ou se “ aliviar frustrações numa almofada ou com um boneco de peluche faz diminuir a raiva “ e em seguida sujeitou-os a uma bateria de testes de personalidade. As respostas permitiram concluir que o tímido e melancólico superou definitivamente o jovial e mais amigável. E porquê? “Pode ser que as pessoas mais melancólicas e introvertidas gastem mais tempo a observar a natureza humana do que aquelas que estão mais ocupadas a interagir com outras, ou sejam mais precisas na introspecção porque têm menos preconceitos motivacionais”, diz o psicólogo de Yale e coautor do estudo Anton Gollwitzer, para quem o “silêncio” deixa na mente humana um nível de compreensão dos outros acima da média, revelando talento para a “psicologia natural” mas não só.

Ficar mais “quieto” é definitivamente uma desvantagem quando se quer destacar num grupo, mas sabe-se agora que permite um maior nível de compreensão dos outros, do que aquele que é conseguido por quem é melhor a socializar.  São muitas as evidências nesta pesquisa que sugerem que os introvertidos são mais perspicazes quando se trata de compreender as motivações das pessoas e mantêm mais a calma em momentos de “crise”. Habilidades fundamentais para uma liderança eficaz."

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Museu Berardo

Estive finalmente no Museu Berardo, especialmente para ver a exposição Matéria Luminal. Adorei, como achei que ia acontecer. Mal vi o anúncio desta exposição, sabia que tinha de a ver. Além disso, claro que também aproveitei para ver o resto do museu, com a colecção permamente a deixar também uma óptima impressão. Quem não foi, que vá. Acho que quem gosta de arte contemporânea não se vai desiludir. O museu tem peças lindíssimas, é bem grande e o preço é bastante baixo, 5 euros. E aos sábados é grátis. Um óptimo negócio!



Estas duas fotos são da Matéria Luminal - até Janeiro de 2022.





Estas três são um exemplo da colecção permanente do Museu.


segunda-feira, 11 de outubro de 2021

No Time to Die - SPOILERS

MEGA SPOILER ALERT

Se não viram o novo 007 e não querem saber pormenores, sigam a vossa vida. Fechem o browser e vão fazer uma caminhada, por exemplo. Se estão preparados para grandes revelações sobre o filme, tenham visto ou não, continuem à vossa responsabilidade.


Então fui ver o 007 ao cinema, como já é minha tradição. Já sabia que o Daniel Craig não ia fazer mais nenhum filme da saga. Aliás, já nem estava programado ele fazer este. Já sabia também que havia uma mulher que ia ser uma 00 (agente com licença para matar). O que eu não imaginava é que essa mulher, Nomi, também ia ser 007. Há outros agentes 00 e sempre que eles morriam, não se costumava usar o mesmo número de código. Atipicamente, neste filme a Nomi veio para substituir o James Bond quando ele se reforma e fica com o mesmo número dele. Depois o James Bond tem uma família. A 'Bond girl', que quase já nem se pode chamar assim, é a mesma do último, a Madeleine. Mas ok, ele também já se tinha apaixonado pela Vesper Lynd, por isso vou aceitar. A Madeleine tem uma filha, que depois se descobre ser dele. James Bond com família?... Maior surpresa do filme, o Bond morre no final do filme. Sim, o James Bond morre. Ah e tal, não vai poder estar com a família nunca mais por causa de um veneno que lhe injectam (cenas do filme, têm de ver) e escolhe não fugir da ilha, para onde uns mísseis se estão a dirigir, e morre. Eu sei que queriam dar seguimento ao franchise com uma mulher, mas não havia necessidade de matar o Bond. Mandavam-no de novo para a reforma, com a sua nova família. Tantos outros finais que podiam ter escrito. Quiseram mesmo fechar todas as portas. O fim de uma era. Não sei se estou ansiosa para ver o próximo ou se quero desistir. Logo veremos, quando se souber mais do Bond 26. Que já nem vai poder ter este nome informal porque já não há James Bond, há só 007. Também a mensagem que aparece sempre no final dos créditos em todos os filmes, 'James Bond will return', já não se aplica, porque ele não vai voltar. Uma pena.




sexta-feira, 8 de outubro de 2021

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Visto por aí

 


Fui comer brunch e esta era uma das páginas da carta. Uma das tostas é recomendada pelo nutricionista Dr. Pedro Carvallho. O que é isto...? Riso infinito.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

MEC

Há toda uma geração de jovens que não sabe quem é o MEC. Apecebi-me disto ao falar com um colega de trabalho, que terá uns 25 anos. Fiquei chocada. Tentei explicar-lhe que o MEC é um ídolo, um ícone quase, das pessoas dos trinta e tais, quarentas. Falei do jornal Independente de que foi director, das crónicas e livros geniais que publicou, da Noite da Má Língua, etc. Mas julgo que, mesmo com todo o meu entusiasmo, ele não vai entender verdadeiramente. Sinto-me velha e sábia.

P.S.: para os leitores que não sabem, MEC é o Miguel Esteves Cardoso. Nunca terá sido preciso explicar a abreviatura às pessoas dos trinta e tais, quarentas.