terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Filmes 3

Kika - um dos três filmes do Almodóvar que eu não tinha visto ainda (já só me faltam dois). É um clássico filme de Almodóvar, dos antigos, muita cor, muita comédia disfarçada de drama e drama disfarçado de comédia, impossível os fãs dele não gostarem. A história é sobre Kika, que mantém uma relação com um rapaz e com o pai dele, e depois todas as peripécias que isso dá. Não é dos melhores dele (para mim, Volver), mas está no patamar dos outros todos, logo abaixo. E mesmo assim, muito acima de tanto filme bom que por aí anda. Recomendo muito, como recomendo toda a filmografia do Almodóvar. E este vi na Filmin. O que sucede é que a Filmin sempre foi a plataforma que me parecia melhor, em termos de catálogo, só que é cara (7 euros/mês), que juntando às outras que já pago, quase dá um ordenado. A situação é que apanhei uma promoção irrecusável, 35 euros por um ano inteiro. E ainda consegui dividir com um amigo, por isso paguei 17,5 euros por um ano de bons filmes. Que bom negócio!

Frances Ha - mais um que vi na Filmin e que há muito tempo queria ver mas não estava em lado nenhum. É do Noah Baumbach, mais um dos meus realizadores preferidos, com Greta Gerwig e Adam Driver, dois dos seus regulares. Conta a história de Frances, uma rapariga que vive em New York e quer ser bailarina, mas a quem a vida não corre tão bem quanto gostaria (como a quase todos nós, né?). Muito bom, adorei. Baumbach não desilude (ou talvez sim... continuem a ler).

Dr. Strangelove or how I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb - um mega clássico do Kubrick, que eu já vi há muitos muitos anos e não me lembrava de nada. Mas tinha a ideia que não tinha gostado. E achava que eu devia ser burra e inexperiente na altura, para não gostar deste filme. Então, como estava na Filmin (a minha nova obsessão, já deu para ver), decidi ver de novo. E... bem, não tenho assim grandes notícias. Eu gostei, mas não achei assim genial. Ou melhor, eu achei bom, porque entendi todas as referências e ironias e sarcasmos acerca do comunismo e guerra fria e russos e americanos e tudo e tudo. É um filme bom, e bem feito, e nem envelheceu assim muito, mas o que dizer? Não me ficou no coração. Podem começar a atirar pedras.

White Noise - mais um filme do Noah Baumbach, mas um novo, estava nos cinemas (mas julgo que chegará à netflix em breve). Não podia perder, claro, e a expectativa era grande. Mais um com Greta Gerwig e Adam Driver, como de costume. E desta vez a história é sobre uma família, que passa por um evento catástrofe, e se vê angustiada, com ansiedade e medo da morte. A premissa era boa, e Baumbach costuma ser muito bom a transmitir estes sentimentos de forma crua e real, mas eu estava no cinema a achar que estava num filme de Shyamalan, primeiro, e depois num de Wes Anderson. Nada neste filme me deu feeling Baumbach. Entretanto estive a ler reviews e supostamente é a adaptação de um livro que era considerado 'inadaptável', e aí percebo o meu sentimento, porque não foi o Baumbach que escreveu. Não consigo dizer se gostei ou não, porque a desilusão toldou-me o raciocínio. O meu plano é esperar que o filme venha para a netflix e vê-lo de novo, e, como desta vez já sei ao que vou, vou tentar avaliar de forma neutra, não como um filme típico de Baumbach, mas como um filme, simplesmente.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Qual és tu?

 Há dois tipos de pessoas com trauma:

-as que se fecham em si mesmas e não partilham nada, tornando difícil o processo de recuperação. São as pessoas que muitas vezes nem querem pensar nos assuntos que as magoam, para não se sentirem magoadas/tristes, porque não conseguem lidar com a situação e é mais fácil ignorar e esperar que passe (não passa, btw).

-as que partilham demasiado. Que contam tudo a toda a gente, mesmo sem terem confiança para tal e, eventualmente, deixando as restantes pessoas um pouco desconfortáveis. Um exemplo: uma colega de trabalho, com quem falava muito pouco, rapidamente me contou que o pai dele se tinha suicidado por causa do trauma que o pai dele lhe causou, e a irmão dele também, e toda uma história de família bastante traumatizante, que claramente a afectou bastante, porque via-se perfeitamente que ela não estava bem, mas eu não a conhecia e não sabia o que dizer a não ser 'lamento imenso'. Se calhar seria mais útil partilharem estas histórias com profissionais que os podem ajudar realmente.

Não sou psicóloga por isso nem sei qual é o tipo pior. Era só mesmo para deixar a constatação.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Dúvidas

Dúvida da semana: se as suculentas são plantas de interior, alguém que me explique porque é que as que tenho dentro de casa morrem em poucas semanas e as que tenho no pátio estão la há anos e sobrevivem a verões de 40 graus e a invernos com dois meses seguidos de chuva? Acho que alguém nos anda a mentir.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

The night train

Não fiz nenhum estudo, mas tenho a certeza de que há uma relação entre pessoas obcecadas com comboios e psicopatas/sociopatas. Gostar de comboios é normal, eu também vejo um certo fascínio nos comboios. Mas aquelas pessoas que passam a fase do fascínio e são obcecadas por comboios têm todas um parafuso a menos. Se não matarem ninguém, já é uma sorte.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Sabedoria não tão sábia

Sabem aquele dizer bastante popular 'sorte ao jogo, azar ao amor'? Pois eu sou a prova viva de que isso é tudo uma grande treta, pois eu não tenho sorte em nenhum.

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Rotinas milagrosas

Até o grão da minha pele se está a ressentir com a minha crise existencial. Como agora não tenho paciência para nada, não lavo a cara à noite há semanas - sacrilégio! - nem ponho os mil cremes e séruns do costume. E, claro, não há milagres, a pele em bom estado foi-se. E agora é preciso entrar outra vez na rotina de fazer tudo direitinho todos os dias e esperar umas semanas até os resultados aparecerem. E até precisava de ir à dermatologista mas tenho vergonha de lhe dizer que tenho sido uma fraca, vou adiar a consulta. Não há vidas fáceis.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Empatia

O bom de nos sentirmos losers/deprimidos/na merda é que há milhares de memes na internet com que nos identificamos. Não que isso melhore a situação mas pelo menos sentimos que não somos os únicos e que temos parceiros na desgraça.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Foi bom ter-vos tido por aqui

Não sei se já exprimi aqui o meu ódio por madeixas. Já fiz a pesquisa e não me apareceu nada, mas acho estranho que em oito anos de blog nunca tenha vindo aqui dizer mal de madeixas. Mas também não há problema, digo agora, em dobro. Não há fome que não dê em fartura. Ora então as madeixas. Madeixas são das cenas mais azeiteiras que há. Sejam de que cor forem, mas loiras são ainda mais (adeus às poucas leitoras que ainda me liam, eu percebo). Não entendo a obsessão de toda a gente com madeixas. Não só das pessoas que as fazem, como também das cabeleireiras. Ora eu já tentei fazer coisas ao meu cabelo que invariavelmente descambaram em madeixas. 'Queria uma coloração mas gradual' - madeixas. 'Balayage' - madeixas. Acho que foi desde este episódio que o meu ódio aumentou. Mesmo eu dizendo que não queria madeixas, mas parece que as cabeleireiras só sabem fazer coloração com madeixas, mesmo quando dizem que não são madeixas. Eu percebo que as madeixas são de mais fácil manutenção, mas ao fim de várias sessões já é praticamente igual a ter o cabelo todo pintado de uma cor. E o preço é um abuso, bem mais caro do que uma coloração normal. Para terminar com mais ódio, estou agora a lembrar-me daquela altura, há vários anos, que se usavam aquelas madeixas loiras e pretas e acobreadas, a copiar a Shakira, lembram-se? AHAHAHAHAH

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Filmes 2

Murder Mystery - filmezinho da Netflix, que já saiu há dois ou três anos e eu não quis ver na altura, porque me pareceu rasca. Continuando a parecer-me rasca, mas precisando eu de filmes divertidos, porque para drama basta a vida, decidi afinal ver. E não é bom, mas também não é tão mau quanto julguei. É como Adam Sandler e Jen Aniston, que vão num cruzeiro e tentam ser incriminados por uns assassinatos, e tentam resolver o mistério para não serem presos. É uma espécie de Agatha Christie das barracas. Mas de novo, não tão mau quanto esperei.

The Witches of Eastwick - um filme bem antiguinho, que eu já tinha visto há muitos anos, e decidi rever, pois vi-o na HBO. é a história de duas irmãs que são uma espécie de bruxas e têm uma espécie de feitiço de família que têm de ultrapassar. É um filme leve e engraçado e romântico e com Sandy Bullock e Nicole Kidman, quando esta ainda era muito gira. 

Don't Worry Darling - este filme teve imenso hype, não tanto por causa do filme, mas por causa de todo o gossip à volta dele, com affairs e traições e tudo isso. Se calhar por isso, quando saiu não tive vontade de ver, mesmo não sabendo a história. Entretanto apareceu-me na HBO e fui ver a sinopse e pareceu-me interessante. E de facto era e gostei. Parece um filme inocente, em que as pessoas têm uma vida perfeita, nos anos 50, mas depois afinal é bem mais dark. Fou uma bela surpresa.

Brokeback Mountain - mais um com uns bons anos, que eu não tinha visto ainda, e que também me apareceu num qualquer serviço de streaming que agora não me lembro. Este acho que toda a gente sabe que é a história de amor entre dois cowboys, quando ser homossexual ainda era proibido. O filme é bonito, mas a história é triste. Mas vale a pena.

Apollo 13 - mais um antigo, que está na netflix. Conta a história dos astronautas que iam à lua na Apollo 13, quando a nave teve problemas e o grande objectivo passou a ser trazer os astronautas para casa em segurança. E este é uma história verídica. Felizmente com um final feliz, e eu gostei.

Irresistible - Steve Carell é um tipo importante de Washington que trata das campanhas das eleições presidenciais e vai para uma terrinha para ajudar um local a ser eleito presidente da câmara. A sua rival segue-o para tentar eleger o oponente desse candidato e tudo se desenrola a partir daí. vê-se bem sem ser genial. O final é engraçado. E tem a Rose Byrne, de quem eu gosto bastante.

Some Like it Hot - um clássico do Billy Wilder (<3) com Jack Lemmon (<3) e Marilyn Monroe. É uma comédia sobre dois músicos que testemunham um homicídio da máfia e depois têm de se disfarçar de mulheres, numa banda de música, para conseguirem sobreviver. Como qualquer filme do Billy Wilder, é óptimo e adorei. Um dos meus objectivos de vida é ver todos os filmes dele.

First Blood - e falando de clássicos, temos aqui o Rambo. É mesmo verdade, eu nunca tinha visto o Rambo. Mas deu na tv e eu achei que era uma boa oportunidade para ver. E gostei, gostei bastante. E depois fiquei a pensar porque nunca tinha visto. Porque achei que era um filme de acção parvo, talvez.


terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Saber é poder

Estou a ler um livro do Viktor Frankl, um psicanalista, sobre a sua experiência num campo de concentração. O livro fala do conceito de delusion of reprieve. É a esperança, ou ilusão, dos condenados à morte de que vão ser perdoados no último momento e não vão ser executados. No fundo, é a tendência de negação perante uma situação limite. E agora que eu conheço este conceito, e mesmo não tendo sido condenada à morte, tenho identificado esta tendência em mim em alguma situações que ocorreram. Aquela ilusão de que vai ser diferente afinal, que vai correr tudo bem, quando sei perfeitamente que não. Mas alimento a ilusão ou esperança até ao último momento, até me estourar tudo na cara. Mais uma situação em que se aplica perfeitamente o desenho do Hugo van der Ding.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Acho que nem o Costa quer

Um dos grandes sucessos do Natal que passou, que eu só descobri já depois do Natal, foi o jogo 'Quem quer ser Primeiro-Ministro?'.

Quem quer ser Primeiro-Ministro? | Jogo de tabuleiro +14 anos | Science4you

Parece ser super divertido e ilustrar na perfeição o percurso até à glória. É um pouco caro, mas no fundo pode-se considerar um investimento. Se tivesse visto isto antes do Natal, ia certamente pedir ao Pai Natal.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

And so it begins

Umas das novidades deste Natal/início de ano é que finalmente criei uma conta no Twitter. Sim, agora que já ninguém quer estar lá. Sempre achei o Twitter o esgoto da internet e a fonte de todo o ódio. Mas de repente senti FOMO e decidi criar uma conta. E, tanto quanto possível, manter-me afastada de contas políticas que são sempre as que geram mais ódio. Claro que já sigo uma conta que goza com o PS, mas hey!, não sou de ferro, apareceu-me e não pude deixar de seguir. Mas sem ódio. E devo dizer que até estou a gostar. Tem pessoas a dizerem coisas engraçadas e sem erros. Só isto já é uma lufada de ar fresco.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

No planear é que está o ganho

Não costumo ter objectivos para os anos que começam. Isto já pode explicar de certa forma a merda que a minha vida é, mas isso seria tema para outro post. Como este ano quero ser diferente, quero ter um objectivo, uma resolução: tornar-me alcoólica. Desde o meu problema de saúde que não bebo álcool, portanto há dois meses que não toco em nada de álcool, nadinha. Não posso por causa do problema em si e pela medicação que estou a tomar. Aguardo ansiosamente pelo fim da medicação para poder começar a beber em casa todos os dias, como uma alcoólica. Nunca fui adepta de beber sozinha, em dias de semana. Isso tem todo o estilo de ser algo que alcoólicos fazem. Pois eu quero começar a fazer isso. Beber gin tónico todos os dias. Um whisky, um Baileys, um limoncello. Como não gosto de vinho nem de cerveja, tenho de dar nestas bebidas mais fortes. Beber todos os dias enquanto limpo a areia dos gatos ou enquanto vejo um filme. Parece-me um comportamento bastante desviante e deprimente, mesmo o que preciso na minha vida. Chega de tentar ser perfeita. Aguardo ansiosa para tentar cumprir esta meta, este ano, o mais brevemente possível.

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Filmes 1

Durante o tempo todo que estive em prisão domiciliária (peeps, não estive mesmo, é só uma brincadeira, estive doente) tive muito tempo para ver filmes (podia ter tido mais mas a partir de certo ponto perdi a vontade de ver filmes e até de viver, mas isso é outra história). Então tenho aqui três posts para partilhar as minhas impressões do que vi, já com algum atraso, mas ainda assim com boa vontade. Um de cada vez, para não aborrecer tanto.


Lying and Stealing - filmezeco que deu na tv, sobre um miúdo que é obrigado a roubar obras de arte para pagar as dívidas do seu pai, e que encontra uma miúda que o ajuda a livrar-se do seu chefe. Vê-se bem mas é esquecível. Serviu para eu finalmente saber quem é a EmRata.

Those Who Wish me Dead - o novo filme da Angelina Jolie. Fiz um post há uns tempos sobre ela nunca ter feito nada de muito bom, e é bom ver que algumas coisas nunca mudam. É um filme feito para ela, claramente. A boazinha, que se quer afastar porque vive com culpa, e no final do filme alcança a paz. Ela faz parte da protecção civil lá de uma cidadezinha da América, que passa grande parte do tempo numa torre no meio da floresta, para prevenir incêndios. Até que tem de ajudar um miúdo que foge de uns assassinos. Nota importante para a camada extra grande de maquilhagem. Nada contra, cada um sabe de si, mas parece pouco provável para a personagem que ela interpreta. E certamente é de boas marcas, porque mesmo depois de ela andar lá no meio do fogo, não sai! Está na netflix.

A Nightmare on Elm Street - um clássico do terror que eu nunca tinha visto, um assassino que tenta matar as crianças nos seus sonhos. Ainda que não seja tão assustador como certamente seria nos anos 80, envelheceu muito bem.

Chaos Theory - a história de um homem muito certinho, quase como eu, assim com OCD e muitas listas, que um dia se atrasa e a partir daí o caos chega à sua vida. Como na teoria do caos, em que quando uma borboleta bate as asas num sítio, provoca um tornado do outro lado do mundo. É engraçado e está na HBO.

Catfight - vi este filme na HBO e achei que ia ser giro. Duas amigas do tempo de faculdade encontram-se e acabam à porrada. A história é bastante inverosímil (spoiler: se cada uma pôs a outra em coma, a polícia não foi investigar?), mas eu tentei muito evocar a minha suspension of disbelief para continuar a ver o filme. E fiquei chateada com o final. Vê-se bem mas desapontou-me.

Practical Magic - um outro clássico, que já tinha visto mas quis rever. Duas raparigas têm uma maldição de família que diz que todos os homens por quem se vão apaixonar, vão morrer. Mas elas tentam lutar contra isso, com a sua magia. É um bom filme e tem a Nicole Kidman quando ainda era muito gira. Na HBO.

Broken Flowers - um filme de redenção, com Bill Murray. Este filme só podia ser para ele e só mesmo ele podia fazer este filme. Um solteiro convicto descobre que tem um filho que não sabia e vai contactar as suas ex-namoradas para tentar perceber de qual delas é. É bonito, gostei, mas é um pouco triste.

Extract - para combater a tristeza do filme anterior, vi, no mesmo dia até, este, que encontrei na grelha de programação. Nunca tinha ouvido falar, mas era uma comédia com o Jason Bateman e não dá para recusar. Ele tem alguns problemas com a mulher, e decide contratar um gigolo para a mulher o trair, de modo a que ele a possa trair também, sem culpa. Esta descrição parece muito rasca, mas o filme não é. É até bem melhor do que estava à espera, e tem algumas caras conhecidas. Uma boa aposta.

Falling for Christmas - deixei este para o fim porque tenho muuuuitos comentários. Este filme é o regresso da Lindsay Lohan aos filmes, depois de vários anos afastada de Hollywood e já recuperada das drogas. Acho melhor fazer esta exposição por pontos, para ser mais fácil ler:

-A primeira pergunta é: porquê? Ela até estava bem lá no Dubai.

-E a segunda pergunta é: e se queria mesmo regressar, porquê com este filme? É como se o tempo para ela tivesse parado, e ela ainda fizesse os mesmos filmes de porcaria que fazia quando tinha 20 anos. Num mundo ideal, ela regressava e fazia um filme bom, para se afirmar como boa atriz. Mas o mundo não é ideal e a netflix deve ter sido a única a dar-lhe trabalho, por isso há que aproveitar o pouco que recebeu.

-Segundo o plot (fraco, praticamente inexistente) do filme, é suposto algumas personagens parecerem fúteis. E devo dizer que escolheram mesmo bem os actores. Devem ser poucos os que não fizeram cirurgias estéticas, homens incluídos, e nem uma das personagens parece uma pessoa da vida real. Nem uma. Nem as que era suposto serem personagens simpáticas e reais. Nem o moço por quem ela se apaixona. Raios, nem o velhinho que é suposto ser o Pai Natal amoroso, que parece que veio directo de uma clínica estética em Beverly Hills. Pior casting de sempre.

-A história não podia ser mais cliché e má. Qualquer filme que passe na Fox Life até ao Natal vai ser igual a este, mas em melhor.

-Resumindo, é um filme bom para se ver quando se está a arranjar as unhas, por exemplo, em que temos de estar as olhar para as unhas e de vez em quando deitamos o olho à televisão. Ou quando aspiramos ou quando fazemos alguma coisa mais importante do que propriamente ver o filme. Assim até nos poupamos de ver cenas mais deprimentes, de tão más, e poupamos a nossa paciência. Há lá umas cenas de 'comédia' física que só nos dão vergonha alheia pela Lindsay, pobre, e que nos fazem rezar para que ela volte para o Dubai mais uns anos.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

(espécie de) Meme da semana

Face à minha vida nos últimos tempos, tenho-me lembrado muito deste desenho do Hugo Van Der Ding:





sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Frase do ano (passado, mas futuro também)

Há uns anos, dois quase, escrevi aqui sobre a palavra do ano. Uma amiga dizia-me que eu tinha de escolher uma palavra para o ano que então começava. Não seleccionei nenhuma palavra do ano, nem nesse, nem nos seguintes. Mas olhando para trás, consigo pensar numa frase do ano, não para o ano que começa, mas do que passou. A frase que repeti muitas vezes foi 'sometimes you win, sometimes you lose'. E não tenho dúvidas nenhumas disto.

PS1: se estivesse com disposição de palhacita, poderia eventualmente acrescentar o punchline 'but with euromilhões you always lose', para efeitos cómicos.

PS2: mas como se deve ter reparado, tenho andado com pouca vontade de comédia e palhaçada. Espero não afugentar os poucos leitores com a minha disposição mais taciturna nos últimos tempos, mas tenho esperança que melhore. Não sei se brevemente mas algum dia :)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Entering into 2023 be like


Foi assim que entrei em 2023. Literalmente. Essa pessoa a quase cair sou eu, no primeiro dia do ano. Bem, acabei por não cair, o que traz alguma esperança. E também posso morrer descansada porque sou um meme :)