terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Filmes 1

Durante o tempo todo que estive em prisão domiciliária (peeps, não estive mesmo, é só uma brincadeira, estive doente) tive muito tempo para ver filmes (podia ter tido mais mas a partir de certo ponto perdi a vontade de ver filmes e até de viver, mas isso é outra história). Então tenho aqui três posts para partilhar as minhas impressões do que vi, já com algum atraso, mas ainda assim com boa vontade. Um de cada vez, para não aborrecer tanto.


Lying and Stealing - filmezeco que deu na tv, sobre um miúdo que é obrigado a roubar obras de arte para pagar as dívidas do seu pai, e que encontra uma miúda que o ajuda a livrar-se do seu chefe. Vê-se bem mas é esquecível. Serviu para eu finalmente saber quem é a EmRata.

Those Who Wish me Dead - o novo filme da Angelina Jolie. Fiz um post há uns tempos sobre ela nunca ter feito nada de muito bom, e é bom ver que algumas coisas nunca mudam. É um filme feito para ela, claramente. A boazinha, que se quer afastar porque vive com culpa, e no final do filme alcança a paz. Ela faz parte da protecção civil lá de uma cidadezinha da América, que passa grande parte do tempo numa torre no meio da floresta, para prevenir incêndios. Até que tem de ajudar um miúdo que foge de uns assassinos. Nota importante para a camada extra grande de maquilhagem. Nada contra, cada um sabe de si, mas parece pouco provável para a personagem que ela interpreta. E certamente é de boas marcas, porque mesmo depois de ela andar lá no meio do fogo, não sai! Está na netflix.

A Nightmare on Elm Street - um clássico do terror que eu nunca tinha visto, um assassino que tenta matar as crianças nos seus sonhos. Ainda que não seja tão assustador como certamente seria nos anos 80, envelheceu muito bem.

Chaos Theory - a história de um homem muito certinho, quase como eu, assim com OCD e muitas listas, que um dia se atrasa e a partir daí o caos chega à sua vida. Como na teoria do caos, em que quando uma borboleta bate as asas num sítio, provoca um tornado do outro lado do mundo. É engraçado e está na HBO.

Catfight - vi este filme na HBO e achei que ia ser giro. Duas amigas do tempo de faculdade encontram-se e acabam à porrada. A história é bastante inverosímil (spoiler: se cada uma pôs a outra em coma, a polícia não foi investigar?), mas eu tentei muito evocar a minha suspension of disbelief para continuar a ver o filme. E fiquei chateada com o final. Vê-se bem mas desapontou-me.

Practical Magic - um outro clássico, que já tinha visto mas quis rever. Duas raparigas têm uma maldição de família que diz que todos os homens por quem se vão apaixonar, vão morrer. Mas elas tentam lutar contra isso, com a sua magia. É um bom filme e tem a Nicole Kidman quando ainda era muito gira. Na HBO.

Broken Flowers - um filme de redenção, com Bill Murray. Este filme só podia ser para ele e só mesmo ele podia fazer este filme. Um solteiro convicto descobre que tem um filho que não sabia e vai contactar as suas ex-namoradas para tentar perceber de qual delas é. É bonito, gostei, mas é um pouco triste.

Extract - para combater a tristeza do filme anterior, vi, no mesmo dia até, este, que encontrei na grelha de programação. Nunca tinha ouvido falar, mas era uma comédia com o Jason Bateman e não dá para recusar. Ele tem alguns problemas com a mulher, e decide contratar um gigolo para a mulher o trair, de modo a que ele a possa trair também, sem culpa. Esta descrição parece muito rasca, mas o filme não é. É até bem melhor do que estava à espera, e tem algumas caras conhecidas. Uma boa aposta.

Falling for Christmas - deixei este para o fim porque tenho muuuuitos comentários. Este filme é o regresso da Lindsay Lohan aos filmes, depois de vários anos afastada de Hollywood e já recuperada das drogas. Acho melhor fazer esta exposição por pontos, para ser mais fácil ler:

-A primeira pergunta é: porquê? Ela até estava bem lá no Dubai.

-E a segunda pergunta é: e se queria mesmo regressar, porquê com este filme? É como se o tempo para ela tivesse parado, e ela ainda fizesse os mesmos filmes de porcaria que fazia quando tinha 20 anos. Num mundo ideal, ela regressava e fazia um filme bom, para se afirmar como boa atriz. Mas o mundo não é ideal e a netflix deve ter sido a única a dar-lhe trabalho, por isso há que aproveitar o pouco que recebeu.

-Segundo o plot (fraco, praticamente inexistente) do filme, é suposto algumas personagens parecerem fúteis. E devo dizer que escolheram mesmo bem os actores. Devem ser poucos os que não fizeram cirurgias estéticas, homens incluídos, e nem uma das personagens parece uma pessoa da vida real. Nem uma. Nem as que era suposto serem personagens simpáticas e reais. Nem o moço por quem ela se apaixona. Raios, nem o velhinho que é suposto ser o Pai Natal amoroso, que parece que veio directo de uma clínica estética em Beverly Hills. Pior casting de sempre.

-A história não podia ser mais cliché e má. Qualquer filme que passe na Fox Life até ao Natal vai ser igual a este, mas em melhor.

-Resumindo, é um filme bom para se ver quando se está a arranjar as unhas, por exemplo, em que temos de estar as olhar para as unhas e de vez em quando deitamos o olho à televisão. Ou quando aspiramos ou quando fazemos alguma coisa mais importante do que propriamente ver o filme. Assim até nos poupamos de ver cenas mais deprimentes, de tão más, e poupamos a nossa paciência. Há lá umas cenas de 'comédia' física que só nos dão vergonha alheia pela Lindsay, pobre, e que nos fazem rezar para que ela volte para o Dubai mais uns anos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Bem, vieste com tudo neste post (já começaste a beber?;)) =D
Só para dizer que vi o Broken Flowers e adorei (e a Sharon Stone vai muito bem, não achas?).
E que raio de petit nom é EmRata??!
M.

Maat disse...

ahaha (ainda não, só quando deixar a medicação, mas aguardo ansiosa esse dia mágico :) )

é muito bonito, mas tem assim aquele fundo triste e acho que até podia ter gostado mais se tivesse visto noutra fase da minha vida (sim! e a tilda swinton também, numa das poucas aparições que parece uma pessoa normal)

AHAHAHAHAH eu quando comecei a ler isso também achei muito estranho! entretanto habituei-me e já é EmRata para aqui e EmRata para ali agora eheh