Kika - um dos três filmes do Almodóvar que eu não tinha visto ainda (já só me faltam dois). É um clássico filme de Almodóvar, dos antigos, muita cor, muita comédia disfarçada de drama e drama disfarçado de comédia, impossível os fãs dele não gostarem. A história é sobre Kika, que mantém uma relação com um rapaz e com o pai dele, e depois todas as peripécias que isso dá. Não é dos melhores dele (para mim, Volver), mas está no patamar dos outros todos, logo abaixo. E mesmo assim, muito acima de tanto filme bom que por aí anda. Recomendo muito, como recomendo toda a filmografia do Almodóvar. E este vi na Filmin. O que sucede é que a Filmin sempre foi a plataforma que me parecia melhor, em termos de catálogo, só que é cara (7 euros/mês), que juntando às outras que já pago, quase dá um ordenado. A situação é que apanhei uma promoção irrecusável, 35 euros por um ano inteiro. E ainda consegui dividir com um amigo, por isso paguei 17,5 euros por um ano de bons filmes. Que bom negócio!
Frances Ha - mais um que vi na Filmin e que há muito tempo queria ver mas não estava em lado nenhum. É do Noah Baumbach, mais um dos meus realizadores preferidos, com Greta Gerwig e Adam Driver, dois dos seus regulares. Conta a história de Frances, uma rapariga que vive em New York e quer ser bailarina, mas a quem a vida não corre tão bem quanto gostaria (como a quase todos nós, né?). Muito bom, adorei. Baumbach não desilude (ou talvez sim... continuem a ler).
Dr. Strangelove or how I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb - um mega clássico do Kubrick, que eu já vi há muitos muitos anos e não me lembrava de nada. Mas tinha a ideia que não tinha gostado. E achava que eu devia ser burra e inexperiente na altura, para não gostar deste filme. Então, como estava na Filmin (a minha nova obsessão, já deu para ver), decidi ver de novo. E... bem, não tenho assim grandes notícias. Eu gostei, mas não achei assim genial. Ou melhor, eu achei bom, porque entendi todas as referências e ironias e sarcasmos acerca do comunismo e guerra fria e russos e americanos e tudo e tudo. É um filme bom, e bem feito, e nem envelheceu assim muito, mas o que dizer? Não me ficou no coração. Podem começar a atirar pedras.
White Noise - mais um filme do Noah Baumbach, mas um novo, estava nos cinemas (mas julgo que chegará à netflix em breve). Não podia perder, claro, e a expectativa era grande. Mais um com Greta Gerwig e Adam Driver, como de costume. E desta vez a história é sobre uma família, que passa por um evento catástrofe, e se vê angustiada, com ansiedade e medo da morte. A premissa era boa, e Baumbach costuma ser muito bom a transmitir estes sentimentos de forma crua e real, mas eu estava no cinema a achar que estava num filme de Shyamalan, primeiro, e depois num de Wes Anderson. Nada neste filme me deu feeling Baumbach. Entretanto estive a ler reviews e supostamente é a adaptação de um livro que era considerado 'inadaptável', e aí percebo o meu sentimento, porque não foi o Baumbach que escreveu. Não consigo dizer se gostei ou não, porque a desilusão toldou-me o raciocínio. O meu plano é esperar que o filme venha para a netflix e vê-lo de novo, e, como desta vez já sei ao que vou, vou tentar avaliar de forma neutra, não como um filme típico de Baumbach, mas como um filme, simplesmente.