Tempo livre para ler

Estive de férias e fui para fora uns dias. Tendo sido só uns dias, não lhes vou chamar férias, mas mini-férias. E, como é costume nas minhas férias, li. Que me valham pelo menos as férias para pôr cobro à pobreza do resto do ano em termos de leitura. Cá vai a lista (de que estou bastante orgulhosa):

Livros terminados:

Caim, José Saramago

Dom Casmurro, Machado de Assis (este já estava perto de meio do livro, e terminei)

Morte em Veneza, Thomas Mann (este também já tinha começado a ler, umas 30 páginas, e terminei)

A Correspondência de Fradique Mendes, Eça de Queiroz (este também já tinha começado, estaria a um terço do livro, e terminei)

Livros começados:

Caderno 2, José Saramago

A Filha do Arcediago, Camilo Castelo Branco

Eichmann in Jerusalem: a Report on the Banality of Evil, Hannah Arendt

O Erro de Descartes, António Damásio

Se calhar este padrão parece estranho, mas eu vou começando vários livros, e depois vou lendo o que gosto mais primeiro, e assim sucessivamente. Por isso tinha aqueles livros começados (e tenho ainda mais dois a meio, mas não peguei neles nas férias) e agora tenho mais estes. Espero é agora conseguir terminá-los antes das próximas férias. Dois deles já vão mais avançados, por isso estou com esperança de que a rotina do dia-a-dia não seja impedimento para os continuar a ler.

Numa nota, queria aqui dizer que, caramba, o Saramago escreve mesmo bem. Entre ele e Eça, não consigo escolher o meu preferido. De Eça já li tudo, do Saramago faltam-me poucos livros para ler tudo. E não querendo rebaixar nenhum escritor, mas voltar a Saramago é como voltar a casa, consigo finalmente descansar. Gosto da escrita dele, escreve tão bem que dá gosto ler, não é preciso fazer esforço para perceber. Mesmo o Caderno 2 que comecei agora a ler, que são textos do blog dele, tão bem escrito, bem pontuado, bem formulado. Não tenho palavras para descrever. O que tenho medo agora é que aconteça o que já aconteceu com outros escritores do que gosto e que estão mortos: chegar ao fim da obra deles e não ter mais o que ler. Mas, a este ritmo, ainda demorarei um pouco a chegar ao fim, provavelmente.

Tempo livre para séries

Só para dizer que cheguei ao fim das quatro seasons de Billions que estão disponíveis na HBO e a minha vida deixou de ter sentido. Já não tenho motivo para acordar de manhã e passar por um longo dia de trabalho, porque agora já não tenho Billions para ver no final do dia. Sinto-me vazia, confusa, triste, perdida.

Acho que dá para perceber que adorei e que só posso recomendar. E ainda me lembro que estava apreensiva por ser uma série já com bastantes episódios emitidos e que havia a possibilidade de não conseguir ver todos. Que inocente eu era então.

A minha única esperança agora reside em mais sete episódios, metade da season cinco, que saíram ano passado, mas que a  HBO não tem ainda. Vou ter de me meter pelos meandros da internet para ver se consigo arranjar isso.

Lays Air

Não sei se estão a par dos memes da Lays, mas há muito tempo que há imensa coisa a gozar com os pacotes de Lays e o facto de mais de metade dos pacotes ser ar e ter poucas batatas fritas. Nem sei como ainda não pus aqui este meme, que é um clássico e um dos meus preferidos de sempre. Como o Verão está à porta e até precisamos de posts mais levezinhos, vou publicar os meus memes preferidos sobre as Lays Air (e são muitos).

Color block

Fico contente por a Billie Eilish, prestes a lançar o seu novo single, ter finalmente conseguido juntar dinheiro para pintar aquelas raízes verdes horríveis.

Ainda a sustentabilidade

Julgo que posso não ter mencionado a primeira regra da sustentabilidade: não comprar. Incluído no reutilizar, reciclar, reduzir, na parte do reduzir, inclui-se o princípio mais importante que é não comprar. Ao não comprar, não estamos a usar recursos desnecessários. Se até têm em casa algo que não é sustentável, a melhor forma de contribuir para o ambiente é usar até à exaustão, em vez de substituirem por outra coisa, e ao mesmo tempo inutilizando o que já têm. Coisas básicas como sacos plásticos. Se têm sacos plásticos normais, a melhor forma de os rentabilizar é usar e usar e usar até ao fim, em vez de ir comprar um saco de pano bonito e reutilizável, mas que vai usar mais recursos. Quando levo papel para a reciclagem, por exemplo, se usar um saco plástico (às vezes tenho sacos de papel rasgados que já iam para reciclar, e então meto lá dentro a reciclagem de papel e deito logo tudo no contentor), o que faço é trazê-lo de volta para casa e usá-lo de novo. O papel está limpo, não suja o saco, não rasga, por isso não vou deitar fora um saco bom só porque já o usei. Então uso esse saco de plástico até não dar para usar mais, e estou a evitar comprar sacos de lixo novos. Não comprar é sempre a melhor opção.

Dúvidas

Dúvida da semana: existe algum Renault Zoe, aquele eléctrico pequenino, que seja propriedade de um particular e que não esteja ao serviço da Uber/Bolt/etc? Nunca vi ninguém com esse carro sem ser a trabalhar para uma app de transportes.

A meio de Maio!

Comprei dois pares de sandálias novos, trouxe o calçado de verão para o armário onde tenho os sapatos que uso regularmente, e no entanto chove e está frio como se fosse um dia de Inverno em pleno Janeiro. Acho que vou desistir do verão desde já.

Gatinhos

 

Bruno sempre a fazer-me companhia enquanto trabalho.

Tempo livre para filmes

Mais alguns clássicos que vi, agora em menor número, pois tenho alternado mais com séries e com filmes não clássicos.

Top Gun - sim, nunca tinha visto. É mesmo verdade. Decidi colmatar essa lacuna e ver finalmente. Gostei. É um filme datado, já se sabe, mas gosto desse sentimento de estar a ver um clássico mesmo, de há anos atrás. A história dos heróis americanos e a história de amor de fundo deixam-nos contentes e felizes no final do filme.

Jaws - este pensei duas vezes, pois não sou grande fã de Spielberg nem de tubarões. Mas decidi ver, para não morrer burra. E o filme é bom, de facto, e nem tem assim tanta violência quanto achei, é mais a sugestão na maioria das vezes. 

Come and See - um filme de guerra diferente dos filmes de guerra. Segue uma criança na Bielorrúsia na altura da ocupação pela Alemanha, na Segunda Guerra Mundial. Um filme cru, que nos deixa aquele sentimento de estranheza no final.

For Your Eyes Only - um James Bond, com Roger Moore. Gostei bastante

A View to a Kill - e outro James Bond, também com Roger Moore. Também gostei bastante. Não consigo dizer muito mais sobre os 007, no fundo seguem todos a mesma fórmula. Gosto de todos.

E.T. - mais um que não tinha visto, apenas conhecia aquela imagem super famosa das bicicletas a voarem. É um filme giro, claramente para crianças ou jovens. Vi lá muito erro e coisas que nunca poderiam ter acontecido assim, mas tentei abstrair-me disso. É uma história de amizade comovente entre crianças e um ser extra-terrestre. Não achei fantástico, só engraçado, se calhar pela altura da vida em que vi, mas pelo menos já posso falar sobre isso.

Meme da semana

 

#eunavida mas em vez de assado é massa com marisco e molho de tomate e leite de côco e em vez de pizza para entrega é sopa descongelada e sandes.

Dúvidas

Dúvida da semana: os detergentes lava-tudo lavam mesmo tudo ou é uma mentira? Se lavassem tudo, não seria necessário haver mais mil tipos de detergentes. Bastaria termos uma embalagem de lava-tudo e usar para lavar toda e qualquer coisa que quiséssemos lavar. Este nome é uma aldrabice.

Gatinhos

 

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O blogger avisou-me que a função de seguir por email vai ser desactivada em Julho. Não sei bem se alguém segue o blog através de email, mas queria avisar que vão deixar de receber emails e não é porque eu vá deixar de escrever (quer dizer, digo eu, assim à distância de três meses). Podem continuar a seguir o blog em readers que fazem push dos posts (assim de repente, o old reader e o feedly) ou então podem vir à pagina do blog. Voltem sempre!

Quem é que inventou isto?

Sabem aqueles bálsamos labiais que vêm numa latinha ou boião? Aquilo é suposto pormos como? Com o dedo, certo? E depois ficamos com o dedo lambuzado de bálsamo, todo gorduroso? Mas agora ninguém usa calças de ganga, vamos limpar onde? Essas coisas não me convencem. Para mim, só batons em stick, que se possam usar sem ter de tocar no produto com as mãos. E eu tenho vários pequenos boiões que me ofereceram ou vieram de oferta em compras, etc., e é um castigo acabar com aquilo.

Meme da semana

 

Anos e anos

Agora, quando me lembro de um evento passado da minha vida, sempre que faço alguma comparação, quando faço contas aos anos, já foi quase tudo há 10, 15, 20 anos. Caramba, como estou a envelhecer! Ah e tal, tirar a carta, já tirei há 20 anos. Lembro-me de quando apanhava bebedeiras, há 20 anos. Quando não havia internet nem smartphones, há 15 anos. O meu portátil está velho, já tem quase 10 anos. É tudo anos com dois dígitos. Já foi tudo há tanto tempo. E eu sou nova, mas depois há coisas que já aconteceram há tanto tempo. É estranho ter esta noção. Imagino quando eu tiver 60 ou 70 anos, já nem vou conseguir fazer as contas dos anos passados. Vai ser tudo muito distante só.