terça-feira, 11 de agosto de 2020

Mais tempo livre 5

The Tree of Life - não se pode dizer que seja um clássico mas é um filme muito bem cotado e um filme de referência do Malick. Gostei da história de fundo, não gostei assim tanto dos efeitos, mas entendo que seja um filme experimental e tal.
3 Idiots - uma espécie de clássico de Bollywood, apesar de ter pouco mais de 10 anos. Lindo, engraçado, comovente, adorei. É longo mas vale todos os minutos.
Murder on the Orient Express - o do Sidney Lumet, de 1974. Já tinha visto a adaptaçao mais recente do Kenneth Branagh, por isso perde um bocado de impacto, pois já sabia qual seria o desfecho da história. De qualquer forma, é um bom filme, imperdível para amantes de mistério e para fãs de Poirot (eu!). Sendo uma adaptação da Agatha Christie, é sempre sinal de qualidade.
Fahrenheit 451 - uma distopia em que os bombeiros, em vez de apagarem fogos, queimam livros. Adorei. Quem gostou de livros como 1984 ou Brave New World vai gostar de certeza. Para além disso, o filme está muito bem feito, e, sendo um filme futurista feito nos anos 50, não envelheceu nada mal, como por exemplo o Blade Runner. As casas e a decoração idealizadas por François Truffaut estão tão bem feitas que até hoje poderíamos viver numa casa daquelas. Um pouco à semelhança do Kubrick no A Clockwork Orange, que nos mostra uma casa super à frente para a época, ainda hoje actual. Descobri também que o Fahrenheit 451 é bastante parecido com um dos meus filmes preferidos, o Equilibrium, um filme de 2002 com o Christian Bale, que também é uma distopia mas onde, em vez de livros, as pessoas não podem ter sentimentos (Kurt Wimmer, realizador do Equilibrium até chegou a ser acusado de ter copiado o Fahrenheit 451, mas negou).
The Seventh Seal - a obra-prima de Ingmar Bergman é um filme pesado. Uma história que se passa na altura das cruzadas e da peste negra e aborda questões como a morte, a fé, a dúvida existencial do sentido da vida. Muito bem feito, pesado que dói, mas muito bom. A Morte (como personagem do filme, feita por um actor) é inesquecível, entre assustadora, solene e enganadora.
Flying over a Cuckoo's Nest - é com o Jack Nicholson e isso deixa-me logo algumas reservas. Não sou fã dele, preferia que fosse com outro actor, mas tentei abstrair-me disso. É um bom filme, gostei. Para além de ter ficado a saber quem é a Nurse Ratched, uma figura da cultura pop. Uma das vantagems de ver os filmes clássicos é que começamos a perceber referências que antes não percebíamos.
Lost Highway - mais um do Lynch. Não tenho estudos para perceber este filme. O próprio Lynch não deve ter estudos para perceber o seu filme. Fui à internet ver as várias explicações para o filme e, ok, são razoáveis e até podem fazer sentido. Mas há necessidade de se tirar uma pós-graduação em cinema quase para perceber um filme? Acho que ele faz cenas à sorte para confundir as pessoas e elas acharem que são burras por não perceberem. Nota-se uma obsessão com os doppelgangers, pessoas que mudam de identidade. O Lynch poderá ter algum trauma que precise de ser resolvido com psicoterapia. Não gostei e não vou ver mais filmes dele. O próximo que queria ver era o INLAND EMPIRE mas já vi que anda à volta do mesmo tema da perda de identidade, por isso vou passar.

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