terça-feira, 30 de junho de 2020

Iluminada


Li uma notícia a dizer que a pandemia já mudou o mercado imobiliário e que agora as pessoas querem casas com espaço exterior, ou varandas, etc. Eu não precisei da pandemia para chegar a essa conclusão. Desde que morei num apartamento que só tinha janelas, não tinha uma única varanda, que nunca mais quis morar em sítio algum assim. Prédios só se for com varandas, e já nem digo só uma mas várias, ou então casas com pátio. Eu cresci numa casa com dois pátios e lembro-me de estar muitas vezes lá fora, a brincar com os meus vizinhos da casa do lado, ou então entretida a procurar joaninhas nos vasos ou a ver as borboletas nas heras. E deixar de ter pátio depois de ter é mau. E estar num apartamento que nem uma varanda tinha… Portanto quando veio a pandemia eu já tinha um pátio. Pequeno, mas ainda assim um sítio onde posso ir lá fora apanhar ar e sol. Nunca subestimar o poder de estar lá fora na nossa própria casa.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Realmente só custa a primeira vez

Desde que tive coragem e finalmente comprei as sandálias-chinelo, agora já não quero usar outra coisa. Comprei outras entretanto e tenho mais umas encomendadas. Estou viciada! Tão confortável não ter aquelas tiras chatas atrás a prender o pé. E não se demora tempo nenhum calçar, é só enfiar o pé. Espero que esta moda dos chinelos venha para ficar, porque nunca mais na vida quero calçar outro tipo de sandálias.

terça-feira, 23 de junho de 2020

Bons vs. maus

Faço sempre confusão entre óleos minerais e óleos essenciais. Se pensar sobre o assunto, sei bem quais são quais, mas quando leio, assim rápido, fico sempre na dúvida. Uns são bons e outros são maus. E ainda por cima são ambos usados em cosmética, e por isso quase nunca me lembro qual é qual. 'Vela com óleos essenciais - Porque raio iriam fazer uma vela com esses óleos que fazem super mal?! Ah ok, afinal são os outros, os bons.' O contrário também acontece 'Cosméticos sem óleos minerais. Hmmm, estão a publicitar um cosmético sem um óleo bom? Ah, estão a falar do mau.'
Vou escrever para me lembrar sempre - mineral mau (até começam ambos com M, um bom truque para decorar rápido), essencial bom.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

sexta-feira, 19 de junho de 2020

37

Cheguei a uma conclusão, nestas férias: as horas que menos gosto são as acabadas em 37 (min). Qualquer hora mais 37 minutos chateia-me. Por exemplo, 10h37. Horrível. Nem são dez e meia, nem onze menos um quarto. Está mesmo no meio e nem acho justo arredondar para as onze menos vinte e cinco, nem para as onze menos vinte. São só dez e trinta e sete. Com os outros acabados em 7 arredondo sempre. 11h47 é meio-dia menos dez, sem hesitações. 14h17 são duas e um quarto. 18h17 são seis e um quarto, à primeira. Com os 37 não, é aquele número chato, que tenho sempre dúvidas para arredondar e acabo por não o fazer e chateia dizer 'são cinco e trinta e sete'.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Mais tempo livre 3

Com uma semana de férias e tempo livre para encher, vi mais uns clássicos, entre outros não tão clássicos e séries também, para variar, não pode ser sempre a mesma coisa que cansa.
The Apartment - muito bom. Depois de começar a ver apercebi-me que já tinha visto, há muito tempo, mas vi de novo até ao fim. Um belo filme e um super clássico do Billy Wilder.
Vertigo - filme bastante surpreendente, em plot e em efeitos e técnicas de filmagem, especialmente para a época. Não admira que já tenha sido considerado o melhor filme de todos os tempos, destronando o Citizen Kane. Incomoda-me um bocado o machismo/sexismo do Hitchcock, aqui especialmente visível na parte onde o protagonista manda na mulher e a obriga a vestir as roupas que ele quer e a usar o cabelo como ele quer, para além da já típica enorme diferença de idades entre homem e mulher (sendo que não tenho nada contra casais de diferentes idades, mas em Hollywood claramente não é amor e sim para ficar bonito, e sendo que isso não era só o Hitchcock, eram todos, e hoje em dia também ainda acontece em vários filmes), mas tentei dar um desconto por ser nos anos 60 e basicamente as mulheres ainda não terem grandes direitos.
Clerks - já tinha visto há muito tempo, mas não me lembrava e apeteceu-me ver de novo. Um filme com óptimos diálogos, como toda a gente sabe.

Living Daylights - um dos poucos James Bond que ainda não tinha visto. Os puristas que me desculpem se não considerarem este filme um clássico, mas filmes do 007 para mim são clássicos instantâneos. Sempre gostei muito do Timothy Dalton como James Bond, apesar de até agora só ter visto um dos dois filmes que ele fez, o Licence to Kill. Este filme veio confirmar a minha opinião sobre ele.
Diamonds are Forever - mais um James Bond, desta vez com o Sean Connery. Um pouco mais fraco do que o de cima, mas ainda assim gostei muito, não há nenhum filme do 007 que eu possa não gostar.
Stand by Me - um clássico com o River Phoenix, nunca tinha visto nenhum filme com ele. Belo filme sobre a amizade.
Survival of the Dead - de novo, os puristas se calhar não concordam, mas todos os filmes do Romero são clássicos para mim. Revi, já vi todos os filmes do Romero há muito tempo, e adorei, claro. O Romero é mesmo o mestre dos zombies.
Cinema Paradiso - adorei, lindo lindo. Um belo filme sobre o cinema e a amizade. Chorei imenso. Não é um filme triste mas é muito comovente.
Sunset Boulevard - mais um super clássico do Billy Wilder, desta vez uma espécie de film noir. Adorei. E já tenho mais dois Billy Wilder na minha watchlist.
Rear Window - outro Hitchcock, que adorei. Provavelmente o que mais gostei dele até agora, mas ainda falta o Psycho (apesar de não achar que vá gostar mais desse). Filme com bastante suspense. E com a Grace Kelly, que é sempre uma boa adição.
There Will Be Blood - eu tentei, juro que tentei. Vi 40 min de filme mas não consegui continuar. Não gostei dos actores, nem da história, nem da época, não me conseguiu cativar com nada. Acredito que seja um óptimo filme, só que não é para mim.



sexta-feira, 5 de junho de 2020

A utopia

Acho mesmo fofo as pessoas acharem que o mercado imobiliário de habitação vai baixar os preços. Fofo, mas utópico. Está toda a gente à espera que os preços baixem para comprar casa. E com tanta gente interessada em comprar casa, em economias de mercado, onde funciona a lei da oferta e da procura, isso não significa baixa de preços, lamento.
Alias, na minha opinião, a quarentena pode até ter mudado a perspectiva das pessoas em relação às casas, e podem agora querer investir em casas maiores, com pátio, etc., quando antes não tinham isso, e podiam nem sequer estar a pensar mudar de casa, o que poderá ter aumentado a procura ainda mais. Mas isto é só a minha opinião e posso estar errada. Aguardemos e vejamos o que vai acontecer.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Gatinhos


(caso se estejam a perguntar para que raio são aquelas caixas de cartão por baixo dos comedouros, aquilo é a comida e água da cadela Maia e, como ela é grande, estou a experimentar pôr as tigelas mais altas para ela ter menos dificuldade a comer, como é aconselhado. Supostamente as tigelas deviam estar à altura do pescoço, mas estou a tentar progressivamente com caixas de cartão)

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Xennials


Hoje em dia temos de ter um nome para as gerações. Há os Millennials, o mais famosos, mas também a Geração X e os Baby Boomers. Eu não sabia bem qual era, porque de facto não me identificava com nenhuma dessas. Fui procurar na internet e eis que encontro a descrição precisa da minha geração: Xennials. São os que estão entre a Geração X e os Millennials, nascidos entre 77 e 83. Encontrei um artigo antigo do Observador que tem frases perfeitas:


"Não são descontentes como a Geração X nem otimistas como os Millennials."


"...os Xennials tiveram uma “infância analógica e uma vida adulta digital” e defende que a geração tem quer o cinismo da Geração X como o otimismo dos Millennials."


"A geração Xennial é a última que se lembra como era a vida antes da internet mas sabe bem como é a vida com a sua existência. Têm idade suficiente para ter vivido uma infância sem internet mas passaram as suas vidas adultas online."


É exactamente isto. Os últimos a usarem telefones fixos mas que sabem perfeitamente usar a internet. Infância analógica e vida adulta digital. No fundo, acho que posso dizer que tive o melhor dos dois mundos. Fui sortuda para não ter crescido ainda rodeada de tablets e poder ter andado lá fora a correr e a andar de bicicleta todos os dias, mas ainda a tempo para não ser analfabeta da internet. Gosto deste balanço.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Ficando em casa

Olhando para estes três meses em casa, fiz imensa coisa que não faria se não estivesse em casa. Limpezas, arrumações, substituições, mudanças. Estive a trabalhar sempre, mas também poupei bastante tempo em deslocações e outros recados que fazia fora de casa. Estando sempre em casa, vamos começando a ver coisas que antes não víamos. Entre limpar coisas que não se limpam todas as semanas, como tirar todos os ímanes do frigorífico e lavá-los a todos, e mudar coisas de sítio, e inventar soluções novas para situações que já nos andavam a irritar há muito tempo, como arranjar um pequeno tabuleiro para juntar as especiarias mais usadas junto do fogão, e trocar um estore que há tempos funcionava mal e agora finalmente partiu, a minha casa está super diferente. Uma pessoa a ficar 10 horas fora de casa todos os dias nem tem tempo, ou paciência, para reparar em certas coisas.