Visto que nos últimos tempos andava a ver muitas séries ao mesmo tempo e não acabava nenhuma, decidi dedicar-me, parar os filmes e fazer um esforço extra para terminar com as séries que já estavam mais perto do final.
Comecemos com Ted Lasso, que não acabei mesmo, vi a season um e mais quatro episódios da dois (que tem doze, faltando-me então oito), mas entretanto a minha oferta da appletv acabou e não devo ver o resto tão cedo, daí a crítica agora. Gostei muito. É uma série simples, sem grandes plot twists, mas que comove imenso. Eu vi quase toda esta série em aviões e aeroportos (como só tinha appletv no telemóvel, não via em casa, onde tenho televisões grandes para ver outros serviços de streaming). Não sei se essa circunstância, estar sozinha em aeroportos à espera horas infinitas por aviões que depois finalmente chegaram para me levar para casa, ajudou a eu estar mais sensível, mas a verdade é que chorei em todos os episódios. É uma história sobre a bondade. Bondade e rendição. Gostei muito da série, pela sua simplicidade e pela esperança que nos devolve. Se bem que, vamos ser sinceros, uma pessoa percebe que aquilo é ficção e o mundo e as pessoas não são assim tão bons. Mas hey, é para isto que eu vejo cinema e televisão, para fugir à realidade que largas vezes é bem mais cruel do que a ficção.
Outra série que terminei não nos mostra a bondade, muito pelo contrário. Estou a falar de Sopranos, série sobre a máfia. Sopranos é considerada uma das grandes séries de sempre e uma referência de pop culture. É a história da família Soprano, uma família da máfia em New Jersey, e a família de Tony Soprano, o chefe. Tony Soprano é uma daquelas personagens que vão ser lembradas para sempre. Um mauzão, mas mesmo mau, porque ataca e ameaça e mata pessoas, mas que apesar disso é gostado por todos. Nem se sabe bem porquê, porque ele não era assim tão bom para a mulher e filhos também. Apesar de tudo, parece que ele tem ali algo de bom, no meio do resto da maldade, e é impossível não gostar dele. Depois há todas as outras personagens da série, os que vão morrendo um a um, e a família de Tony que dava uma série inteira por si só. É uma série grande, 6 seasons, com mais de 80 episódios, mas vamo-nos afeiçoando a eles. E a pena que deu quando acabei. Só não me senti perdida como costumo sentir-me quando acabo uma série destas porque tinha outras séries familiares que estava a ver ao mesmo tempo. Mas deixou um pequeno vazio. Obrigatória. Está na HBO Max.
Pouco depois de ter terminado Sopranos, terminei Private Eyes, uma série de treta que deu na Fox life. Como grande parte das séries que dão na Fox life era fraca, bastante fraquinha, mas tinha o Jason Priestley de Beverly Hills 90210 (olá, geriatric millenials!) e era uma boa série para descansar o cérebro. Tinha visto as primeiras quatro seasons e quando vi que a quinta estava a dar, pus a gravar para ver também e ter closure. Mas ainda não disse nada sobre a série: são dois detectives privados que investigam casos, com um pouco de humor à mistura. E estão apaixonadas um pelo outro mas não admitem. Parece fraco, não é? Pois. Mas vi até ao fim, com cada vez menos interesse, e é mais uma série terminada para o molho.
Uma outra série que terminei e que também já andava a ver há uns tempos, devagarinho, foi a mini-série de dez episódios Hitler's Circle of Evil. Na verdade, é um documentário, apesar de ter actores em algumas cenas, visto que não há imagens de arquivo de tudo e têm de ocupar os 50 minutos. Mas fala sobre as pessoas próximas de Hitler e que o rodearam até ao final, numa luta por atenção e poder. Fala das pessoas do costume, Himmler, Göring, Goebbels, e de mais alguns que que eu não conhecia, Albert Speer e Martin Bormann, entre outros. Muito interessante e aprendi coisas que não sabia até então. Para fãs de WWII, recomendo muito.
Também vi que Russian Doll tinha saído na netflix, a segunda season. Vi a primeira quando saiu e achei bom. Talvez, pelo menos é isso que me lembro. Ia ver a segunda season, mas não foi preciso chegar ao final do primeiro episódio para perceber que não quero perder o meu tempo com isto. Na primeira, a história era sobre Nadia, que morre e acorda, sempre no seu dia de aniversário. E depois havia mais qualquer coisa para o final da season, com um tipo que ela conhece a quem acontece o mesmo mas não me lembre de pormenores. Nesta season, Nadia está a poucos dias de fazer anos, já quatro anos depois dos acontecimentos da primeira. Entra num comboio e vai parar ao passado, no corpo da sua mãe. Não sei mais nada, quando percebi que era este o plot, desliguei. Mais uma para a pilha das terminadas.
E para terminar este ciclo, terminei Ozark. No início do ano, tinham saído os primeiros sete episódios da quarta e última season na netflix. Em Abril saíram os últimos sete, mas ainda não tinha conseguido ver. Na verdade, já tinha feito uma batotice e tinha ido ler resumos. Não vou fazer spoilers, mas as pessoas da internet não gostaram do final. Não sendo se calhar o final que se queria, acho que foi o final que a série devia ter tido. Não me desiludiu. Vai deixar saudade mas estava na altura de terminar. Mais de quatro seasons nos esquemas que Ozark já nos habituou é mais do que suficiente. Fica na história, para mim, como uma das melhores séries da netflix de sempre.
E para terminar esta odisseia de séries, Poirot. Tinha visto da season 7 à 13 há uns meses, na Fox Crime. Depois dessas acabarem, também repetiram da 1 à 6 (e agora estão a repetir de novo da 7 à 13, mas são os ciclos do costume dos canais de cabo, um gajo não espera que eles tenham sempre coisas novas). Vi de novo tudo, com muito gosto. Já não é novidade que sou fã de Poirot e não há muito mais a acrescentar, só que são episódios mais antigos. Já agora, esta separação é devido ao espaço que decorreu entre a season 6 (1994) e a 7 (2000), a partir da qual as seasons começaram a ser mais espalhadas no tempo, até ao final, em 2014. E não sei se as pessoas costumam comparar, mas entre Sherlock Holmes e Poirot, para mim ganha Poirot sempre. Se tudo correr bem, revejo daqui a uns 10 ou 15 anos de novo.
2 comentários:
Que bom que gostaste de Ted Lasso, foi das séries de que mais gostei ultimamente e acho sinceramente que é um oásis.
Sabes que comecei a ver Sopranos, mas não pegou. Achei interessante mas não o suficiente para ver os episódios toooodos, são mesmo muitos e eu sempre preferi coisas mais pequenas.
Entretanto, enquanto fã de WWII, fiquei muito interessada na Hitler's Circle of Evil, obrigada pela dica =)
M.
Vou ver =)
M.
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