segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

It's a kind of magic

O meu quarto é pequeno e não dá para pôr uma cómoda. Tenho apenas o roupeiro e as mesas de cabeceira. Eu queria mais gavetas e por isso há um ano troquei a minha mesa de cabeceira por aqueles móveis que são tipo uma mesa de cabeceira mas alta, uma espécie de camiseiro. Em vez de duas gavetas pequenas fiquei com cinco gavetas jeitosas. Que alegria, tanto espaço para pôr coisas! Mas nunca se pode ter tudo, e a desvantagem disto é que eu não conseguia usar o móvel para pousar coisas e usá-las desde a cama, pois era muito alto e não chegava. Durante mais de um ano, sempre que o despertador do telemóvel tocava, tinha de me levantar da cama para o desligar. Muito triste. Nem conseguia quase ver as horas do relógio, porque estava lá em cima, longe. Então há uns meses decidi que estava farta e queria ter uma mesinha de cabeceira funcional, como toda a gente. Procurei, procurei e procurei. Não queria gastar muito dinheiro, mas tinha de ser uma coisa que gostasse e que funcionasse para o fim que pretendia. Até que, depois de dias e dias a procurar, encontrei a solução: uma cómoda de criança do Ikea. Tem três gavetas, e mais largas do que as mesas de cabeceiras normais, por isso dá para pôr mais coisas dentro, e a altura que tem é igual à de uma mesa de cabeceira, por isso consigo perfeitamente chegar às coisas que lá estão pousadas, quando estou deitada. O preço pareceu-me justo, 45 euros. Só não tem rolamentos nas gavetas, mas já sabia que não ia poder ter tudo, abdiquei disto. Que alegria quando a montei! A felicidade de poder usar uma mesa de cabeceira, ao fim de tanto tempo. Consegui meter nas gavetas tudo o que queria, tive de fazer uns pequenos ajustes apenas. Ainda me parece magia, sempre que vou para a cama, não ver aquele monstro gigante ao meu lado, mas um móvel fofinho e pequeno e com muita arrumação e onde posso pousar o comando da televisão e o telemóvel sem esforço. 



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