segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Fogo posto

Ontem fui fazer uma caminhada no meio do monte. Uma espécie de trail mas com menos corrida. Quando ia para lá, vi num monte lá perto três focos de incêndio. Via-se o fumo a sair em três sítios, praticamente equidistantes e em linha recta. Ou o Sol andou de régua e esquadro a atear aquele fogo ou então foi um filho da puta que ateou o fogo. Fiquei mesmo triste e revoltada. Porque estava no início ainda e quase que se podia ter apanhado o animal que fez aquilo e ter-lhe dado uma carga de porrada que o pusesse em coma e da qual nunca mais se esquecesse quando quisesse atear fogos em matos. Durante o tempo todo da acaminahda andaram lá duas avionetas a ir buscar água ao rio e a deitar no fogo e ainda ficaram lá quando vim embora, portanto mais de 3 horas a apagar um fogo que teve origem em mão humana.
Na minha cabeça, fiz logo um filme pior ainda. E se essa besta tivesse ateado o fogo num dos sítios onde íamos passar na caminhada e ficássemos lá presos no meio das chamas e morrêssemos? Não seria um cenário assim tão descabido, seria mais uma questão de sorte. Ou azar, de estar no síito errado à hora errada.
Eu sei que isto dos incêndios e dos pirómanos é uma questão muito complexa e haverá muitos interesses e desequilíbrios mentais à mistura, mas ontem, devido a toda a envolvência de ter visto o fogo a começar, de irmos fazer uma caminhada para lá perto, de ter visto as avionetas a apagar o fogo, fiquei muito triste e revoltada.

2 comentários:

N. disse...

"Filho da puta" é, claramente, a denominação certa. :(

Maat disse...

mesmo :(