terça-feira, 11 de setembro de 2018

Actualidade

São cada vez menos os alunos que querem ser professores




Pudera. Espertos são os que não querem ir para professores com as coisas da maneira que estão. Para os menos espertos, que continuam a ingressar no ensino superior e a licenciarem-se para ficarem no desemprego e aumentarem apenas os piquetes da greve, o próprio Estado devia bloquear os cursos por tempo indeterminado até a situação dos professores existentes estar resolvida. E só depois lançar novos professores para o mercado. Já que o Estado quer regulamentar até o que se regula sozinho com a lei da oferta e da procura, como o mercado imobiliário, podia também regulamentar sobre este grande problema de há anos que são os professores.
Eu venho de um curso de línguas onde a maioria do meus colegas seguiu a vertente educação. E já há mais de 15 anos, quando se licenciaram, estava difícil arranjar trabalho. Conto pelas mãos os que estão já efectivos. Há outros que até aos dias de hoje andam a dar aulas em ATLs e nas AECs, ou seja, a dar explicações e com horários de 10 ou 12 horas por semana, não conseguindo por isso um pouco de estabilidade. E todos os anos aparecem mais não sei quantas centenas ou até milhares de professores novos, para piorar mais o cenário. Já estava na altura de alguém parar com isto, já que as pessoas não têm o discernimento de o fazerem sozinhas.
Eu sei que para muita gente é um sonho, mas, queridos, os sonhos por vezes são mesmo só isso, sonhos, que não se podem tornar realidade.

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