quarta-feira, 26 de abril de 2017
#892
O primeiro dia de trabalho depois das férias é sempre estranho. Parece que ainda estou adormecida, dormente. Só tenho uma velocidade, muito devagar, que se aplica para tudo. Não consigo despachar-me rápido em casa, ando a passo de caracol. Depois a conduzir venho sempre atrás daqueles condutores lesma, sem conseguir ultrapassar ninguém e (quase) sem me enervar. Julgo que inconscientemente a minha vontade zero de vir trabalhar impede o meu corpo de andar mais rápido, para adiar ao máximo o regresso. Por isso mesmo também chego sempre atrasada. Mas nem sequer me importo. Depois chego ao escritório e aí é só rezar para que ninguém fale comigo nas primeiras horas. Ajuda fazer cara de aborrecida para desmotivar as pessoas de algum tipo de contacto. E é esperar que o dia passe rápido, com menos chatices e falatórios possíveis, talvez arranjando bons planos para almoço para minorar o sofrimento. Ideal era mesmo arranjarem uma espécie de cubículos para quem voltasse de férias não ser obrigado a conviver com ninguém no primeiro dia. Via só os emails e despachava algum trabalho, mas era assim um dia de transição, para não ser um choque tão grande. Sabem aquelas pessoas que dizem que se fossem ricas continuavam a trabalhar? Eu não sou uma delas. Se eu fosse rica e pudesse, nunca mais trabalhava. Que sonho, não ter mais de acordar cedo e vir para o escritório mal disposta.
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2 comentários:
Dá cá a mão. Aliás, eu tenho essa sensação todas as segundas-feiras... Odeio, sinto-me sempre maldisposta por ser obrigada a ir trabalhar Also, se tivesse dinheiro e pudesse, também nunca mais trabalhava!
Nunca mais somos ricas! :)
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